Igreja tem agido para erradicar abusos

Padre Manuel Morujão afirma disponibilidade «total» para solução de eventuais casos

Lisboa, 04 jan 2013 (Ecclesia) – O porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) destacou hoje os “passos muito concretos” na luta contra a pedofilia que a Igreja Católica tem vindo a promover, no país, para a “erradicação” destes casos.

O padre Manuel Morujão reagia em comunicado enviado à Agência ECCLESIA às acusações dirigidas pela Rede de Cuidadores, através do presidente da associação, o psiquiatra Álvaro de Carvalho, segundo o qual os responsáveis católicos estão a “enterrar a cabeça na areia” no que diz respeito ao abuso sexual de menores por membros do clero.

Segundo o secretário da CEP, têm sido “postos em prática os necessários meios para a correção de possíveis comportamentos e mesmo a erradicação do seu seio de pessoas que mantenham atitudes incompatíveis com a sua missão na Igreja”.

O sacerdote lembra, neste contexto, que a Conferência Episcopal Portuguesa divulgou em abril de 2012 um conjunto de diretrizes para o tratamento de eventuais casos de abusos sexual de menores, ocorridos na Igreja.

“Aí se manifesta, sem qualquer ambiguidade, a sua ativa disponibilidade para prevenir e tratar eventuais casos”, sublinha o padre Manuel Morujão.

Este responsável lamenta que o comunicado da Rede de Cuidadores tenha colocado em questão “o empenho da Igreja Católica na erradicação da pedofilia do seu seio”. 

“A Igreja, mais uma vez, manifesta a sua total disponibilidade para acertar a verdade relativa a eventuais abusos, recordando que compete, a cada bispo na sua diocese, a responsabilidade de pôr em prática as diretrizes da Conferência Episcopal Portuguesa: reconhecer a verdade, apoiar as eventuais vítimas, colaborar com as autoridades, procurar todos os meios para superar tão grave problema”, pode ler-se

A nota do Secretariado Geral da CEP confirma que o D. Jorge Ortiga, arcebispo de Braga, manteve um encontro com os responsáveis da Rede de Cuidadores a a 22 de março de 2011, altura em que ocupava a presidência do organismo máximo do episcopado católico. 

Na ocasião, destaca o comunicado, foi afirmada a “inteira disponibilidade da Igreja” para que “os mais indefesos possam ser, também, os mais protegidos”. 

A Igreja, acrescenta o padre Manuel Morujão, reconhece o “importante papel” da Rede de Cuidadores na sociedade portuguesa e “manifesta novamente a sua disponibilidade em colaborar com todas as instituições que tenham como missão proteger os menores de todos e quaisquer abusos”.

OC

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