Nova presidente «vai assumir esta responsabilidade com a confiança que os bispos e que a Igreja lhe depositam» – D. José Traquina
Santarém, 11 dez 2020 (Ecclesia) – Os novos corpos sociais da Cáritas Portuguesa tomaram posse esta quinta-feira, Dia Internacional dos Direitos Humanos, com mandato para o próximo triénio, numa cerimónia presidida por D. José Ornelas, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, e por D. José Traquina, presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana.
A organização católica refere, numa nota divulgada online, que a cerimónia decorreu em Santarém, onde D. José Ornelas, sublinhou a importância do papel da Cáritas, face à pandemia.
“Deve ser evangelizadora da própria Igreja para que sejamos todos capazes de aprender com os mais pobres. Aqueles que cuidam devem evangelizar a Igreja para os dramas que encontram e deem sensibilidade para” referiu.
Em declarações à Agência ECCLESIA, D. José Traquina, presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana afirmou que este é um momento da “mais alta responsabilidade”, destacando o facto de a Cáritas Portuguesa “ter também uma figura feminina” na liderança.
“Precisamos de dar sinais da valorização da mulher na Igreja, acabamos de celebrar o 8 de dezembro com a figura de Nossa Senhora, que é claramente uma iniciativa de Deus que valoriza a dignidade da mulher: a mulher não tem de ser aquela velha Eva que leva o homem à desgraça. Está reabilitada a figura feminina e a Igreja tem de dar sinais também dessa graça que é a força da figura feminina”, desenvolveu.
A Conferência Episcopal Portuguesa anunciou a 14 novembro a nomeação de Rita Valadas, licenciada em Política Social, como nova presidente da Cáritas Portuguesa, num comunicado divulgado após a conclusão da Assembleia Plenária que decorreu em Fátima.
“Já conhecia a realidade Cáritas Portuguesa e isso teve algum peso no convite. Assume esta responsabilidade com a confiança que os bispos depositam e que a Igreja lhe deposita, para o cumprimento de uma missão que diz respeito ao rosto social da Igreja em Portugal”, indicou o bispo de Santarém.
O presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana explicou que “chegou o momento” em que os bispos portugueses consideraram a necessidade de “mudança”.
Rita Valadas que já integrou a direção da instituição católica, vai substituir Eugénio Fonseca na presidência da Cáritas Portuguesa, a quem D. José Traquina manifesta “reconhecimento e um voto de louvor” pelos seus sete mandatos nestas funções.
“Foi muito tempo no sentido de dedicação e com ele também crescemos e aprendemos nesta causa a favor das pessoas que necessitam de apoio, não de apenas coisas, mas precisam de crescer e de apoio para se valorizarem”, referiu o responsável católico.
O presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana lembra que a Cáritas Portuguesa “assumiu vários projetos a nível nacional, com as Cáritas Diocesanas”, e a avaliação de todo este percurso “é muito positiva”.
“A Cáritas Portuguesa não tem de fazer tudo, mas tem de propor às Cáritas Diocesanas projetos, apoios, formas de corresponder aos muitos pedidos que lhe são solicitados”, explicou D. José Traquina, destacando que a instituição católica “é uma marca de qualidade neste sentido de autoridade”, de quem está “atenta às necessidades e emergências” nacionais e internacionais, com o apoio dos portugueses.
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Igreja/Solidariedade: Cáritas Portuguesa tem nova presidência