Organização recorda «autonomia» de cada diocese
Lisboa, 09 mar 2017 (Ecclesia) – A Direção da Cáritas Portuguesa, reunida em sessão ordinária, emitiu hoje uma nota sobre notícias relativas à Cáritas Diocesana de Lisboa, remetendo esclarecimentos para os responsáveis desta organização, que goza de “autonomia jurídica, canónica e financeira”.
“Face à notícia hoje publicada pelo jornal Público, a Cáritas Portuguesa indica que todos os esclarecimentos podem ser prestados pela Cáritas Diocesana de Lisboa”, assinala o documento, enviado à Agência ECCLESIA.
Os responsáveis nacionais recordam que a Cáritas Portuguesa é um “serviço oficial” da Conferência Episcopal Portuguesa, acompanhado pela Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, tendo como missão “o desenvolvimento humano e a defesa do bem comum, através da animação da Pastoral Social, intervindo em ordem à transformação da realidade, fomentando a partilha de bens e a assistência em situações de calamidade e emergência”.
A rede Cáritas é constituída, em Portugal, por 20 Cáritas Diocesanas, “dependentes dos respetivos bispos”, e “inúmeros grupos locais” que atuam nas paróquias e comunidades.
“Cada Cáritas Diocesana tem a sua autonomia jurídica, canónica e financeira estabelecendo as suas prioridades e agindo em função delas”, precisa a Cáritas Portuguesa, acrescentando que segue os “procedimentos determinados nos Standards de Gestão de Qualidade da Caritas Internationalis”.
O presidente da Cáritas Diocesana de Lisboa, José Frias Gomes, alegou hoje total desconhecimento dos factos referidos esta quinta-feira numa notícia do jornal ‘Público’, que dá conta de uma denúncia no Ministério Público relativa a alegados crimes, incluindo burla qualificada.
“Eu não fui notificado de nada, não sei rigorosamente de nada, pelo que estou completamente às escuras. Sei por um jornalista – e acho isto inacreditável – que, eventualmente, há uma denúncia – não sei se queixa ou denúncia qualquer – e que os departamentos de justiça irão avaliar se isso tem pernas para andar”, disse à Rádio Renascença.
Frias Gomes sustenta que as contas da Cáritas de Lisboa "estão claras, transparentes e escrutinadas".
OC