Para além do fundo de 175 mil Euros, Patriarcado está empenhado na resolução dos problemas dos mais carenciados Devido à actual crise que assola o país e para dar respostas novas a problemas novos, o Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, disse, esta amanhã, que as instituições da Igreja “estão a potenciar aquilo que já é a resposta habitual da atenção da Igreja às necessidades dos mais desprotegidos”. Convocados pelo Departamento da Pastoral Social da diocese de Lisboa, os padres responderam positivamente ao apelo de lançamento do plano «Igreja Solidária». Um projecto que pretende colocar a funcionar em rede todas as paróquias com o intuito de ajudar os carenciados. Neste encontro foi também anunciado que existe um fundo de 175 mil Euros para estas situações. Com o aumento da precariedade de vida, as pessoas têm recorrido aos centros paroquiais. Para fazer face a estes problemas pretende-se fazer protocolos com o Estado e com a banca. A abertura de uma conta para recolher donativos para os mais necessitados foi outra solução apontada. No encontro com a comunicação social, D. José Policarpo frisou que nestes momentos é fundamental a solidariedade e, para isso, conta com a ajuda de particulares e empresas. “Vamos actuar com atenção e discrição porque é preciso respeitar o anonimato nestas questões” – sublinhou o Patriarca de Lisboa. D. José Policarpo afirmou que, apesar de a Igreja não poder “suprir a falta de ordenados dos desempregados”, vai “ajudar a que ninguém passe fome”, alertando para que “todos estejam atentos aos vizinhos” para que as situações de pobreza envergonhada possam ser detectadas. O Banco Alimentar Contra a Fome, o Banco de Bens Doados e a Caritas de Lisboa são instituições fundamentais na resolução destes problemas que afectam muitos milhares de pessoas. As paróquias e instituições vão ser também incitadas a criar respostas imediatas, como o pagamento de rendas de casa, água, luz, passes sociais ou medicamentos. Neste sentido, foi aberta uma conta bancária (000700000073818455123), para receber todos os donativos. No âmbito do projecto, o Patriarcado de Lisboa espera vir a negociar com o Ministério do Trabalho e da Segurança Social eventuais soluções que permitam criar postos de trabalho ou ocupações em instituições ligadas à Igreja, de modo a promover o emprego e a potenciar melhores condições económicas às famílias. Para gerir os fundos recolhidos e o projecto foi criado um gabinete coordenador. Em relação ao projecto «Igreja Solidária», o Cónego Francisco Crespo disse, esta quinta-feira, que o plano de combate à crise tem três fases, que passa por dar resposta a situações de carência imediata, planos de apoio ao emprego e ainda à criação de unidades de cuidados continuados.