D: Rui Valério presidiu à celebração de ordenações, nos Jerónimos, com dois novos padres diocesanos e um jesuíta
Lisboa, 24 jun 2024 (Ecclesia) – O patriarca de Lisboa presidiu este domingo à ordenação de três sacerdotes, no Mosteiro dos Jerónimos, sublinhando o papel de “mediador” que cada um deles deve
“As sementes lançadas nos corações dos homens no quotidiano do vosso ministério sacerdotal darão frutos de santidade e entrega total ao Senhor e de serviço aos irmãos. O segredo da evangelização reside em anunciar, oferecer e partilhar o Evangelho com a dádiva da vida e oferta de razões para viver. Das sementes lançadas germina a união a Cristo e a plena configuração a Ele”, disse D. Rui Valério, numa homilia enviada à Agência ECCLESIA.
O patriarca de Lisboa presidiu às ordenações sacerdotais de dois diáconos da diocese – Lourenço Abecasis de Carvalho, da paróquia de Santa Joana, Princesa, e Pedro Miguel de Oliveira Araújo, da paróquia de Alverca, alunos do 6.º ano do Seminário Maior de Cristo-Rei dos Olivais – e do diácono António Santos Lourenço, da Companhia de Jesus (Jesuítas).
“Sois hoje o testemunho vivo de Deus que nunca cessa nem desiste de tomar a iniciativa, de levar a salvação ao mundo e de conduzir o mundo para a plena comunhão consigo. Maravilhemo-nos porque o amor, revelado em Cristo, não é um mero sentimento, mas uma vivência plena de obras de verdade e bondade”, assinalou.
D. Rui Valério pediu aos futuros padres que sejam “mediadores”, afirmando que “todo o padre é mediador”, numa dupla concretização, “como intérprete e como ponte”, acrescentando que o “desafio é assumir a dignidade de profetas para serem mediadores da luz”.
Ser intérprete não é apenas uma vertente, ao lado de outras, da rica e totalizante identidade do sacerdote, mas constitui a orientação que concretiza a sua missão. Interpretar é colocar ao alcance de muitos um dado, de ordem divina, existencialmente relevante, que resulta na potenciação seja do próprio dado, que se revela, seja do homem que vem salvo e resgatado das trevas do mal”.
Sobre os sacerdotes serem também “pontes”, D. Rui Valério realçou que são “pontes de proximidade que ligam mais intensamente todas as margens”, num mundo que “anseia aprofundar, até mesmo reatar a sua ligação a Deus”.
“Apenas padres que cultivem proximidade estarão em condições de aproximar outros, só quem cultiva acolhimento promove aproximação de quem quer ser abraçado pela ternura dos braços de Deus”, indicou.
No final da homilia, disponível online no sítio do Patriarcado de Lisboa na internet, D. Rui Valério lembrou aos ordinandos que o Papa Francisco “sublinha amorosamente a necessidade de os pastores trazerem o cheiro das ovelhas”, uma “maravilhosa” forma de exultar a proximidade do padre com o povo.
“Se fordes próximos conseguireis aproximar o mundo de Deus, e Deus do mundo. Mas também os homens entre eles, irmãos e filhos do mesmo Pai”, indicou.
O bispo diocesano destacou quanto “é belo e maravilhoso testemunhar”, neste dia festivo, a densidade que o percurso histórico e espiritual dos irmãos António, Pedro e Lourenço, “revela enquanto membros duma Igreja viva”, histórias de vida que são a “encarnação do primado de Deus”.
CB/OC