Encontro nacional da Pastoral Social em Fátima apontou ainda para a importância da proatividade e do trabalho em rede no setor
Fátima, Santarém, 11 set 2014 (Ecclesia) – O diretor do Secretariado Nacional da Pastoral Social acredita que o encontro geral do setor, que terminou hoje em Fátima, vai motivar os agentes católicos a enfrentarem “com maior coragem” os dramas humanos que são chamados a resolver.
Em entrevista à Agência ECCLESIA, o padre José Manuel Pereira de Almeida recorda as “muitas pessoas” que se dedicam, “no quotidiano”, a “transformar uma realidade que é difícil” e que precisam de ser ajudadas para não baixarem os braços.
Aberto na terça-feira, o encontro nacional de Pastoral Social teve como tema a “Dimensão social do anúncio do Evangelho”, retirado do 4.º capítulo da exortação apostólica “A alegria do Evangelho”, do Papa Francisco.
Na opinião do padre José Manuel Pereira de Almeida, cada um dos participantes teve a oportunidade de “ler melhor ou ler mesmo” os desafios contidos naquele documento.
Uma aprendizagem que se deverá agora traduzir em “gestos ousados”, no meio daqueles que mais precisem e em “palavras oportunas de denúncia e anúncio do muito bem que existe e das injustiças existentes”, frisa aquele responsável.
Um dos aspetos “sublinhados” ao longo dos três dias de reunião foi a necessidade de cada cristão assumir maior “protagonismo” no campo da Pastoral Social, de cada paróquia ou comunidade estar atenta aos problemas das pessoas e ser proactiva na sua resolução, sem estar à espera de uma orientação “central”.
“Há muitas ideias que se podem compaginar e complementar. No concreto da realidade cada comunidade saberá hierarquizar as suas prioridades e enfrentar os problemas trabalhando em rede para que eles possam ser resolvidos da melhor maneira possível”, aponta o diretor do Secretariado Nacional da Pastoral Social.
Em causa está a importância de erradicar do setor “uma mentalidade que não trabalha em equipa, que exclui e não resolve” e também a “indiferença” de quem pensa que já faz o suficiente.
“Importa de facto ir mais longe, trabalhar com outros, com humildade, fazendo o que é possível sabendo que diante dos desafios existentes há seguramente coisas para poder aprender com o Papa, nos seus gestos e nas suas palavras”, concluiu o padre José Manuel Pereira de Almeida.
HM/JCP