Igreja/Sociedade: Patriarca de Lisboa diz que Papa Francisco tem «muita humanidade acumulada»

D. Manuel Clemente sublinhou que o cardeal Jorge Bergoglio «fez tudo o que pôde e soube, para salvar” as pessoas no regime argentino.

Lisboa, 29 nov 2013 (Ecclesia) – O patriarca de Lisboa considerou, hoje, que o Papa Francisco tem “muita humanidade acumulada” e o livro «A Lista de Bergoglio» é uma forma de lhe fazer justiça.

Numa conferência sobre «Uma esperança sem fronteiras», realizada esta tarde na Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa, e dividida em dois painéis: «A Lista de Bergoglio» e «Um olhar sobre a Síria», D. Manuel Clemente sublinhou à Agência ECCLESIA que “o regime na Argentina foi horrível e matou tanta gente, mas o cardeal Jorge Bergoglio “fez tudo o que pôde e soube, para salvar” as pessoas.

A obra «A Lista de Bergoglio» foi escrita por Nello Scavo e vem reforçar a imagem positiva que o Papa já tem junto da sociedade, mas a força que Francisco tem “na opinião pública (já a tinha na Argentina e na América Latina) decorre da sua personalidade”, referiu D. Manuel Clemente.

Ao falar sobre os dramas dos “cristãos da Síria e do Iraque”, o patriarca de Lisboa reconhece que estes “têm uma margem de manobra muito estrita” e é “uma dor de alma ver o que está a acontecer” naqueles países.

Os bispos da Síria e do Iraque estão “muito temerosos em relação ao futuro”, todavia “já se habituaram a viver numa insegurança permanente”, acrescentou D. Manuel Clemente.

Apesar dos problemas que os portugueses vivem e “que não são poucos”, noutras latitudes existem outros a viverem “em piores situações”, adianta.

O colóquio contou também com a presença do antigo presidente da República, Jorge Sampaio, que contou à Agência ECCLESIA que os portugueses “são solidários” com outros povos.

A Síria está “devastada em todos os sentidos” e cerca de 4 milhões de pessoas estão “fora dos seus locais de habitação” e “um milhão e tal de crianças sem escola”, lamentou Jorge Sampaio na qualidade de fundador da Plataforma Global de Assistência Académica de Emergência a Estudantes Sírios.

Para fazer face aos dramas na Síria, Jorge Sampaio revelou que existem ações de solidariedade e uma delas é a atribuição de “bolsas de estudo aos estudantes universitários e vagas nas universidades”.

“É preciso ajudar aquele povo” e as “associações académicas estão a lançar campanhas de ajuda ao povo sírio”, acrescentou.

Portugal tem “verdadeiras características” que são “muito úteis no domínio da paz” e que se deve “ajudar a frutificar”, concluiu o antigo presidente da República.

HM/LFS

 

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Agência ECCLESIA

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