Igreja/Sociedade: Papa visita sede da FAO

Francisco assinala Dia Mundial da Alimentação

Roma, 16 out 2017 (Ecclesia) – O Papa vai visitar hoje a sede da FAO, em Roma, por ocasião do Dia Mundial da Alimentação, que este ano se propõe refletir sobre o tema ‘Mudar o futuro da migração’.

Simbolicamente, Francisco inaugurou uma estátua que evoca  o pequeno Aylan, a criança síria encontrada sem vida à beira-mar, numa praia da Turquia, cuja imagem correu o mundo.

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) destaca, em comunicado, o caráter inédito deste visita na celebração anual do 16 de outubro.

“Tradicionalmente, uma mensagem de Sua Santidade é lida durante a cerimónia do Dia Mundial da Alimentação; pela primeira vez, o Papa vai participar pessoalmente e apelar à comunidade para que mude o futuro das migrações”, assinalam os responsáveis da FAO.

O encontro vai contar com a presença dos ministros da Agricultura dos países do G7.~

Em julho deste ano, o Papa Francisco alertou para a “inércia” e o “egoísmo” da comunidade internacional perante as causas que provocam a fome de milhões de pessoas, numa mensagem lida na sede da FAO.

“As guerras, o terrorismo, as deslocações forçadas de pessoas que cada vez mais impedem – ou pelo menos condicionam fortemente as atividades de cooperação – não são fruto de fatalidades, mas antes consequência de decisões concretas”, escreveu Francisco, na intervenção enviada aos participantes da 40ª Assembleia Geral.

A Santa Sé associou-se ao Programa da FAO para fornecer sementes às famílias rurais que vivem em áreas onde se somaram os efeitos dos conflitos e das secas.

No mesmo mês, o Papa fez uma doação simbólica de 25 mil euros para ajudar as populações da África oriental à FAO, que apresentou este donativo como “um gesto sem precedentes”.

No Dia Mundial da Alimentação de 2016, Francisco recordou os “800 milhões de pessoas que ainda passam fome” atualmente.

O atual Papa visitou a sede da FAO durante a segunda Conferência Internacional sobre Nutrição, em novembro de 2014, apelando ao respeito pelos direitos dos que sofrem com a fome, uma lutar que deve superar a lógica do mercado.

“Enquanto se fala de novos direitos, o faminto está aí, na esquina da rua, e pede o reconhecimento da cidadania, ser considerado na sua condição, receber uma alimentação de base saudável. Pede-nos dignidade, não esmola”, sustentou

Em 2016, o Papa Francisco visitou a sede do Programa Alimentar Mundial (PAM) da ONU, onde declarou que a fome é usada “como arma de guerra” e denunciou as políticas que impedem a circulação da ajuda humanitária e liberalizam o comércio das armas.

OC

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Agência ECCLESIA

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