«A experiência que tenho com os jovens é que existe, de facto, um imenso potencial, uma imensa força, uma energia» – D. Alexandre Palma

Lisboa, 20 out 2025 (Ecclesia) – A Fundação Jornada, do Patriarcado de Lisboa, está a receber candidaturas para ajudar projetos juvenis, promovidos ou centrados em jovens com idades entre os 15 e os 35 anos, no programa, intitulado ‘Jovens, agentes de Esperança’.
“Nós assumimos, nesta segunda etapa da vida da Fundação, agora a Fundação Jornada, o encargo de continuar a partir da experiência de fé que foi a Jornadas, multiplicar os seus frutos para o futuro, podendo de, alguma maneira, dar força, capacitar a geração que fez a Jornada Mundial da Juventude em Lisboa 2023, mas também poder capacitar e impulsionar, e colocar em ação todas as futuras gerações juvenis em Portugal”, disse o presidente da Fundação Jornada, esta segunda-feira, 20 de outubro, em entrevista à Agência ECCLESIA.
D. Alexandre Palma explica que a identidade da Fundação Jornada, desde a sua génese, “é centrada na promoção da juventude” e esta continua a ser a sua identidade, “no presente e no futuro”, o que quer dizer que querem colaborar, suportar e acompanhar os jovens, “idealmente como os agentes e os beneficiários ao mesmo tempo”.
“O nosso sonho é podermos multiplicar agentes de esperança. Portanto, a esperança como uma janela, como uma estrada para um mundo melhor, aberta a um futuro, mas que supõe trabalho, supõe ação; é podermos estar a promover, a ajudar a gerar uma nova geração de agentes de esperança para a sociedade, para a Igreja”, destacou.
“Em Lisboa, em todas as dioceses do país, em paróquias, em movimentos, em associações, grupos ligados à Igreja, grupos não necessariamente ligados à Igreja, mas imbuídos de um conjunto de valores que nos fazem uma só sociedade, uma só comunidade”, acrescentou o presidente da Fundação Jornada.
A Fundação Jornada tem a decorrer as candidaturas para o primeiro programa de apoio a projetos promovidos ou focados nos jovens, com idades entre os 15 e 35 anos e residentes em Portugal, até ao dia 16 de dezembro, através de um formulário online, “fácil e simples e ágil para que qualquer jovem possa preencher”, na página na internet da instituição.
“Há uma preocupação muito grande da Fundação poder estar perto e acessível a todos, todos, todos os jovens. Podendo estes jovens ser um grupo informal que tem uma primeira ideia, com potencial, e queira um apoio para lançar, ou um grupo de jovens já constituído, até com alguns testes realizados de alguma ideia ou projeto e que pode também apresentar a sua candidatura”, explicou a diretora-executiva da Fundação Jornada, sobre candidaturas para “apoios entre 10 mil e 30 mil euros”.
Segundo Marta Figueiredo, para a Fundação Jornada “é fundamental não só trabalhar para os jovens, mas trabalhar com os jovens”, e têm uma “preocupação enorme” que eles tenham o espaço e conheçam efetivamente este processo de candidatura, e contem com esta instituição do Patriarcado de Lisboa “não só o apoio financeiro, mas também o apoio de acompanhamento, de capacitação”, e desenvolvimento da liderança e dos projetos.
“Não deixem para a última as candidaturas, na medida em que forem apresentando os projetos e entrando em contato com a Fundação, do nosso lado há todo o apoio e disponibilidade para ajudar a fazer a candidatura, para melhorar a candidatura”, acrescentou a entrevistada. Mestre em gestão, salientando que no sítio online da Fundação Jornada têm também “um guia de apoio à candidatura”.
O presidente da Fundação Jornada observa que esta instituição “não vai fazer nada, em certo sentido”, mas vai estar ao lado para “promover quem faça” porque não querem ser eles os protagonistas, mas querem “que os jovens sejam os protagonistas”.
A diretora executiva da Fundação Jornada destacou que “idealmente” vão “valorizar projetos que sejam de jovens para jovens”, e valorizam “muito as candidaturas apresentadas em parceria, em consórcio”, a ideia de trabalhar em rede, “juntos”, porque “a mudança, sobretudo a mudança sistémica e com impacto verdadeiro nos jovens e na sociedade”, passa por trabalharem em conjunto, em criar ligações e apresentar uma candidatura.
Marta Figueiredo realça que querem também “trazer um novo paradigma” à relação clássica de um financiador com um agente financiado, por isso, assim que os projetos são selecionados vão entrar “numa dinâmica de acompanhamento”.
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Portugal: Fundação Jornada abre candidaturas para programa de apoio a projetos juvenis