Catarina Martins Bettencourt alerta que «a perseguição religiosa continua a ser uma realidade cruel em muitos países do mundo»
Lisboa,06 ago 2024 (Ecclesia) – A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) propõe que hoje seja um ‘dia de oração pelos cristãos perseguidos’, lembrando as “mais de 100 mil pessoas” que fugiram das “terras bíblicas da Planície de Nínive (Iraque).
“Infelizmente, a perseguição religiosa é uma realidade cruel hoje em dia em inúmeros países. Tal como aconteceu há 10 anos no Iraque, todos os dias recebemos notícias que nos falam disso, sabemos de histórias de cristãos que também tiveram de fugir para salvar as suas vidas, sabemos de histórias de cristãos que são ameaçados apenas por causa da religião que professam”, alerta a diretora do secretariado português da Fundação AIS, em nota enviada à Agência ECCLESIA.
Catarina Martins de Bettencourt salienta que já se sabe “o sofrimento” por que passaram “mais de 100 mil pessoas, na sua esmagadora maioria cristãos”, há 10 anos com a chegada dos terroristas autoproclamado ‘Estado Islâmico’ (Daesh) “às terras bíblicas da Planície de Nínive, no Iraque”.
A fundação pontifícia recorda que “homens, mulheres e crianças, tiveram de fugir num par de horas para salvar as próprias vidas”, deixando tudo o que tinham, na noite de 6 para 7 de agosto de 2014, rumo às cidades curdas de Erbil e Dohuk, a norte; a invasão das terras bíblicas da Planície de Nínive transformou-se “num exemplo trágico do que significa a perseguição religiosa a uma comunidade nos tempos modernos”; aproximadamente 25% dos cristãos iraquianos e outras minorias religiosas foram ameaçadas pelos terroristas do grupo jihadista.
“Já sabemos tudo isso e por isso também não o podemos esquecer; E tal como aconteceu há 10 anos, em muitos países esses cristãos perseguidos continuam sozinhos e estão como que abandonados à sua sorte. É preciso denunciar isto”, acrescentou a diretora do secretariado português da Fundação pontifícia AIS.
A organização internacional ‘Ajuda à Igreja que Sofre’ quer que o dia 6 de agosto, “como tem acontecido desde 2014” seja uma data em que se lembre o sofrimento de todos os que sofrem pela fé, a propósito da tragédia na Planície iraquiana de Nínive.
“A melhor maneira de homenagearmos os cristãos perseguidos, a melhor maneira de dizermos também ao mundo que temos de defender a liberdade religiosa como um direito básico e inalienável do ser humano é rezando. E é isso que, uma vez mais, propomos a todos os portugueses: Que transformem, de alguma maneira, o próximo dia 6 de Agosto num tempo de oração e de memória por todos os que sofrem pela sua fé”, desenvolveu Catarina Martins de Bettencourt.
“Falem disto ao vosso pároco, falem disto na vossa comunidade, na vossa família, aos vossos amigos. No dia 6 de Agosto vamos todos rezar pelos Cristãos perseguidos no mundo.”
A AIS explica que este dia 6 de agosto, como um ‘Dia de Oração pelos Cristãos Perseguidos’, é assinalado por diversos secretariados internacionais da fundação nomeadamente no Brasil, com o apoio da CNBB, a conferência episcopal brasileira.
CB