Apelos do delegado do Conselho Pontifício da Cultura, no Congresso Internacional do Espírito Santo
Lisboa, 16 set 2016 (Ecclesia) – O delegado do Conselho Pontifício da Cultura (Santa Sé), D. Carlos Azevedo, defendeu esta quinta-feira em Lisboa que o Espírito Santo necessita de soprar “para contrariar a exploração financeira sem carne de desenvolvimento global”.
Na conferência de encerramento da segunda sessão do Congresso Internacional do Espírito Santo, que decorreu na Fundação Calouste Gulbenkian, entre quarta e quinta-feira, o bispo português disse aos participantes que “bem forte necessita de soprar o Espírito Santo para rebater os populismos crescentes na Europa, sem a visão larga da comunhão”,
Com o tema ‘Cultura do Espírito Santo: dar lugar carnal à utopia’, o delegado do Conselho Pontifício da Cultura frisou que se perde tempo “em discussões entre conservação/inovação e em debates sobre procedimentos pastorais”, mas importa é “valorizar uma reflexão teológica sobre a valência profética, dinamizada pelo Espírito”.
Para o conferencista, na visão cristã, “o Espírito não nega a matéria, a carne, mas transforma-a” e “transforma a utopia em lugar carnal, concreto”.
O Espírito equipa os crentes “para a dura e exigente” tarefa de testemunhar a “reviravolta dos poderes mundanos e a renovação da criação” e “semeia a verdade no mundo perigoso e controverso, comprometido com a mentira e compenetrado na mentira”, realçou D. Carlos Azevedo.
A terceira sessão do Congresso Internacional do Espírito Santo está a decorrer em Alenquer, de hoje a domingo.
LFS