Igreja/Sociedade: Economia é «cada vez menos matemática e mais psicológica», diz Francisco Sarsfield Cabral

Jornalista vai receber Prémio Árvore da Vida 2014 e mostra-se preocupado com o futuro da profissão

Lisboa, 15 mai 2014 (Ecclesia) – O jornalista Francisco Sarsfield Cabral, distinguido pela Igreja Católica com o Prémio ‘Árvore da Vida’, na sua edição de 2014, diz ter recebido a notícia com “surpresa” e assume a tentativa de ser “pedagógico” na abordagem às questões económicas.

“Não sou economista, mas tento perceber, e tento explicar, ser pedagógico, falar de maneira que as pessoas entendam. Acho graça à economia, embora não possa competir com matemáticos, embora a economia esteja cada vez menos matemática e cada vez mais psicológica, comportamental”, refere, em declarações ao Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura (SNPC).

O comentador da Rádio Renascença apresenta-se como “um jornalista sobretudo de questões económicas e europeias”, que também gosta de “ler textos de filosofia e teologia, embora não seja especialista em coisa nenhuma”.

“O jornalismo económico não se pode ligar a interesses dessa área, tem de ser independente”, diz ainda.

O vencedor da 10ª edição do prémio de Cultura ‘Árvore da Vida – Padre Manuel Antunes’, instituído pelo SNPC em parceria com a Renascença, exerce a profissão de jornalista, oficialmente, desde 1970, e está na Renascença há 18 anos.

O comentador fala num jornalismo “muito sensacionalista”, em particular no mundo televisivo.

“Como jornalista, lamento dizê-lo, a profissão caiu muito, não só em Portugal mas também em todo o mundo. Além da crise económica geral, há uma crise específica na comunicação social, por causa da queda da publicidade, em especial nos jornais em papel, que não se sabe se vão existir daqui a 15 ou 20 anos”, observa.

SNPC/OC

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Agência ECCLESIA

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