D. João Lavrador apela que «não haja nenhuma paróquia» sem um grupo de pastoral familiar
Angra, 27 dez 2019 (Ecclesia) – O bispo de Angra afirma que perante uma sociedade e uma cultura que tem “o ser humano prisioneiro na ignorância” sobre a identidade do matrimónio e da família “é urgente anunciar com a Palavra e com gestos concretos a Boa Nova da família”.
Na mensagem para a Festa Diocesana da Família, D. João Lavrador explica que “nunca é demais” dedicar algum tempo sobre a “realidade concreta” que “afeta” as famílias de hoje e começa por contextualizar: “Desde a preparação para o casamento, passando pela desmotivação para um compromisso sério e sacramental, incluindo uma cultura que vai demolindo os valores familiares”.
“Os ataques à vida humana e a falta de condições que na sociedade atual impedem uma verdadeira dignidade na comunidade familiar, culminando num hedonismo e num materialismo reinantes que não deixam espaço para o verdadeiro amor, entrega mutua e projeto de vida familiar com futuro”, desenvolve no documento enviado à Agência ECCLESIA.
A Igreja Católica celebra a Festa da Sagrada Família de Jesus, Maria e José no domingo depois do Natal, este ano dia 29 de dezembro, e D. João Lavrador assinala que os cristãos são também convidados a “aprofundar a reflexão” sobre o significado da família, “os seus desafios” e a promoção de uma verdadeira pastoral familiar nas comunidades paroquiais.
“Não podemos deixar de continuar a sensibilizar os cristãos e as comunidades cristãs para o apoio a dar às situações de matrimónio e de famílias em situação de crise para o devido acompanhamento e para a adequada integração na comunidade cristã”, escreve o bispo de Angra.
D. João Lavrador explica que o “cuidado pastoral” para com a família “exige também o acompanhamento”, em grupos, em movimentos de espiritualidade, como no “contacto pessoal com o ambiente familiar”.
“A auscultação dos seus problemas e anseios, das suas dificuldades e das suas propostas são importantes para uma pastoral familiar que responda à realidade concreta que se vive nas comunidades cristãs”, observa.
O bispo de Angra explica que a espiritualidade familiar se “alicerça” na Eucaristia, no sacramento da reconciliação, na oração familiar, no diálogo permanente, no perdão mútuo e “devem merecer uma particular atenção e empenho” de todas as famílias que “queiram viver no amor fecundo, sólido e permanente”.
“Encorajo todos os que têm responsabilidades educativas e que estão na missão da pastoral familiar a reconhecerem a urgência de uma autêntica evangelização da família”
Na mensagem para a Festa Diocesana da Família, o bispo de Angra partilha uma “palavra de estímulo” para que a pastoral familiar, que tem dado “bons frutos” à diocese insular, “continue a alentar todos os casais e famílias para se integrarem nestes círculos de vivência e convivência”.
D. João Lavrador apela para que “não haja nenhuma paróquia que não tenha um grupo de pastoral familiar” e refere que no contexto da caminhada sinodal diocese “exige-se que a rede da pastoral familiar se estenda da diocese com o seu serviço diocesano, às Ouvidorias e às paróquias”.
‘A beleza de caminharmos juntos em Cristo’ é o lema da caminhada sinodal de Angra, que, segundo o seu bispo, “deve proporcionar às famílias” a sua responsabilidade “na promoção da comunhão e no compromisso na evangelização”.
CB
