Igreja/Sociedade: Cultura e diálogo com o cinema a marcar o 4º Encontro nacional de leigos

Cinco filmes em debate a cada quinta-feira permite diálogos fecundos sobre a fé

Lisboa, 02 nov 2017 (Ecclesia) – O Encontro Nacional de Leigos, marcado para o dia 18 de novembro, inaugurou nesta quarta edição um ciclo de cinema no mês anterior ao encontro proporcionando o visionamento de um filme e da participação num debate.

“É a primeira vez que lançamos a ideia de, durante o mês antecedente ao encontro, exibir cinco filmes diferentes, em estilos, temas e realização, que, enquanto forma de expressão artística, permitem debates muito interessantes”, explica à Agência ECCLESIA Rosário Lupi Bello, da organização do encontro.

Desde o dia 19 de outubro, o Palácio do Gelo, em Viseu, acolhe os filmes e as pessoas interessadas no seu visionamento e na reflexão de questões que cruzam a humanidade, a ciência, o desenvolvimento e a fé.

«O homem que viu o infinito», de Matt Brown, «Os olhos de André», de António Borges Correia que esteve presente no debate no dia 26, foram filmes já exibidos.

O filme «A Terra prometida», de Gus Van Sant, vai hoje ser exibido estando ainda mais duas propostas para as próximas quintas-feiras: «O Herói de Hacksaw Ridge», de Mel Gibson e «Dos homens e dos Deuses», de Xavier Beauvois.

“Tentámos abordagens muitos diferentes: a família, o desenvolvimento social, a fé como caminho de pertença… é muito variado para que as pessoas possam escolher o tipo de realizador e tema que mais gostam”, traduz a responsável também professora de Teoria da Literatura com interesse na área cinematográfica.

O debate após o visionamento dos filmes tem-se revelado “uma aposta ganha”.

Rosário Lupi Bello acredita que as manifestações artísticas podem ser “formas de manifestar uma certeza na vida, na esperança, que vem da fé e de um encontro que se fez, e que serve de base para a justiça e a paz”.

“Não somos donos de nenhuma resposta. É preciso uma grande humildade e simplicidade quando se fala nas questões da fé”, sublinha a responsável que, acredita, que as pessoas das artes têm “uma grande inquietação, são abertas à pergunta”.

“Há um diálogo, que é um desafio fantástico para os dois lados, porque se está diante de pessoas com perguntas e à procura. Se a pergunta existe, a resposta não é menor”.

Para Rosário Lupi Bello os cristãos leigos têm o valor acrescentado de “poderem estar abertos” ao diálogo, “com abertura e capacidade de escuta”.

O encontro organizado pela Conferência Nacional de Associações de Apostolado dos Leigos começa com um concerto do cantautor Samuel Úria, para jovens dos 15 aos 35 anos, dia 17 de novembro, às 21h00, na Aula Magna do Instituto Politécnico de Viseu.

A primeira conferência, às 09h45 do dia 18 de novembro, vai ser proferida por Marisa Cristina March (Filadélfia) e Paolo Galardi (Roma) respetivamente ‘A grandeza da nossa esperança’ e ‘A beleza da nossa esperança’.

Entre as 15h00 e as 17h00 têm lugar vários ateliês temáticos: ‘Fé e sentido para a vida; Espiritualidade; Território; Família; Trabalho; Cidadania’.

O Encontro Nacional de Leigos 2017 encerra às 19h00, com uma celebração na Sé; desde 2013, a iniciativa já passou pelas Dioceses de Coimbra, Porto e Évora.

LS

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