Jorge Sampaio, presidente do júri, afirma que é um «distinção oportuna e sobejamente merecida»
Lisboa, 22 jul 2014 (Ecclesia) – O presidente da Comunidade de Santo Egídio, Marco Impagliazzo, afirmou esta segunda-feira, em Lisboa, que apesar dos conflitos armados em diferentes pontod so globo, cultiva a esperança de que a “paz é possível”.
“A Paz é possível. Esta é a esperança que nós cultivamos. Temos de encontrar os caminhos para a concretizar, com paciência, reconstruindo as fraturas, criando uma interação que garantam o futuro e mostrando que não há nada pior do que a guerra”, afirmou, Marco Impagliazzo ao receber o Prémio Internacional Calouste Gulbenkian 2014.
“O Prémio Calouste Gulbenkian, no valor de 250 mil euros, é atribuído a uma instituição ou a uma pessoa, portuguesa ou estrangeira, que se tenha distinguido na defesa dos valores essenciais da condição humana”, informa a Fundação Calouste Gulbenkian na sua página da internet.
Em Lisboa, Marco Impagliazzo representou cerca de 60 mil leigos que fazem parte da Comunidade de Santo Egídio e que em mais de 70 países “tornam realidade valores e princípios de um novo humanismo”, disse Jorge Sampaio, presidente do júri do Prémio Calouste Gulbenkian.
Para o antigo presidente da República a atribuição do Prémio Calouste Gulbenkian à Comunidade de Santo Egídio “traduz o reconhecimento internacional da importante obra realizada em dezenas de países há quase meio século”, num momento em que os “conflitos armados” na Europa e no Médio Oriente aumentam.
Jorge Sampaio explicou que o prémio é uma “distinção oportuna e sobejamente merecida” que traduz a “ação continuada” da Comunidade de Santo Egídio “em favor da paz no mundo e da construção de sociedades inclusivas e harmoniosas”.
Artur Santos Silva, presidente da Fundação Calouste Gulbenkian, frisou que a Comunidade de Santo Egídio “personifica o espírito do bem comum”.
“A Comunidade de Santo Egídio dedica a sua ação aos mais pobres e procura promover a paz e o diálogo inter-religioso, contra a resignação e fatalismo”, acrescentou.
Nesta terceira edição, o júri recebeu cerca de 60 nomeações e distinguiu a Comunidade de Santo Egídio, fundada no bairro de Trastevere, em Roma, Itália, por Andrea Riccardi, professor de história contemporânea, em 1968.
A comunidade tem reconhecimento da União Europeia e do Conselho Económico e Social das Nações Unidas (ECOSOC), pelo trabalho em prol dos direitos humanos e da paz, a nível internacional.
O Prémio Internacional Calouste Gulbenkian foi criado em 2012, ano em que foi distinguida a West-Eastern Divan Orchestra; na segunda edição o prémio foi entregue à Biblioteca de Alexandria.
CB/PR