Igreja/Sociedade: Cáritas Internacional identifica «barreiras» na resposta a emergências

Preocupação apresentada em relatório conjunto «Avaliar o Impacto das Sanções no Trabalho Humanitário»

Foto: Caritas.org

Roma, 15 mar 2023 (Ecclesia) – A Cáritas Internacional lançou o relatório conjunto ‘Avaliar o Impacto das Sanções no Trabalho Humanitário’, numa reflexão que mostra “barreiras na respostas a emergências”.

“Quando respondemos a emergências, é crucial detetar e abordar todos os possíveis obstáculos que prejudicam a assistência salva-vidas oportuna”, afirma Floriana Polito, diretora de Direitos Humanos e Política Humanitária da ‘Caritas Internationationalis’, em comunicado divulgado online.

Em comunicado, a confederação internacional da Cáritas expressa que a “complexidade dos regimes de sanções causa, muitas vezes, incerteza e carga adicional para as organizações humanitárias”, tendo “consequências de longo alcance para as populações que precisam de ajuda”.

O relatório conjunto resulta das intervenções Caritas Internationalis (CI), juntamente com a Aliança Evangélica Mundial (WEA), o Conselho Mundial de Igrejas (WCC) e a ACT Alliance, em parceria com o Instituto de Genebra.

Com a “tragédia que afetou as populações da Síria e da Turquia”, o impacto das sanções sobre as populações vulneráveis foi evidente.

O comunicado expressa a opinião de Nabil Antaki, médico de Alepo, que indicam que as “sanções impostas à Síria” tornou difícil a resposta humanitária de emergência no país, pela “falta de maquinaria pesada nos esforços de busca e resgate, falta de investimento necessário para habitação segura e duradoura e a falta de acesso a equipamentos médicos modernos que salvam vidas”.

O médico apela aos países ocidentais, para pressionar os governos a suspender as sanções contra a Síria.

O relatório identificou ainda dois grandes desafios à ajuda humanitária enviada às populações afetadas nos países sancionados: “administrativo e operacional”, seja nos “requisitos de sanções, efeitos jurídicos negativos na solicitação de licenças e medidas de devida diligência” bem como nos desafios operacionais, “requisitos de sanções, efeitos jurídicos negativos na solicitação de licenças e medidas de devida diligência”.

“O relatório recomenda às organizações humanitárias o uso de sistemas informais de transferência de valores ou movimentação de dinheiro em massa, manter a flexibilidade financeira através do uso de fundos de emergência e vários canais bancários para evitar atrasos, alem de aumentar os contratos da ONU que estão isentos de sanções”, cita o comunicado.

SN

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Agência ECCLESIA

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