Igreja/Sociedade: Bispo de Santarém identifica desafios «à identidade e criatividade como construtores da paz» (c/fotos)

No início do Jubileu diocesano, D. José Traquina desejou que celebração do 50.º aniversário de criação «seja motivo de proximidade e de júbilo»

Santarém, 17 jul 2024 (Ecclesia) – O bispo de Santarém alertou esta terça-feira para dificuldades e desafios, como as guerras e conflitos, que se levaram “à identidade e criatividade, como construtores da paz”, falando na Missa do aniversário da dedicação da Sé.

“As guerras e conflitos que manifestam e fazem aumentar o ódio e a destruição de pessoas e bens, é um desafio à nossa identidade e criatividade como construtores da paz”, disse D. José Traquina, numa homilia enviada à Agência ECCLESIA.

No início da celebração do ano jubilar, pelo 50.º aniversário da criação da diocese, o responsável incentivou também ao interesse “na melhor integração e desenvolvimento de todos”, afirmando que a dificuldade do desenvolvimento integral da sociedade e “a capacidade de acolhimento e integração dos migrantes” é um desafio a não se fechar em “interesses particulares”.

D. José Traquina, também presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, dos bispos católicos de Portugal, identificou opções de caminho que “tornam difícil o diálogo e a vida em sociedade”, as pessoas para quem “não interessam os conceitos de verdade e mentira”, as que “rejeitam lidar com os conceitos de bem e de mal”, e ainda os que consideram que a cultura “é repressiva”.

Durante a Eucaristia foi consagrado o novo altar da Sé e foi benzido o novo espaço do presbitério, projetado pelos monges de Singeverga e da autoria do escultor Paulo Neves.

Ao celebrarmos a Solenidade da Dedicação da nossa Catedral, consideremos a beleza da arte que nela existe como um apelo à beleza espiritual de cada cristão. As peças do património da catedral são obra de artistas especializados. Nós, porém, somos obra de Deus, sabendo que Deus não dispensa a nossa colaboração nos acabamentos e na manutenção, podendo nós contar com a sua graça”.

Segundo o bispo de Santarém, ao longo de 49 anos, a diocese caminhou “com alegrias e fragilidades”, escutando e anunciando o Evangelho, “escutando também a Palavra do Papa e da Sé Apostólica”, aprenderam muito, mas “perderam-se propostas de formação de leigos”, sendo o cinquentenário uma “oportunidade para promover a formação cristã”.

D. José Traquina considera que este tempo de graça que vão viver “pode constituir uma oportunidade para lançar o convite aos cristãos afastados” e desejou que a programação do Jubileu diocesano “seja motivo de proximidade e de júbilo e exprima o bem e a Paz” que querem para o mundo, e lembrou a indulgência plenária, que podem receber na Catedral ou na igreja de Santa Maria, em Tomar.

Na homilia, o bispo escalabitano destacou ainda algumas datas do ano pastoral 2024/2025, que tem como palavra inspiradora ‘Celebrar’, como a Assembleia jubilar Diocesana e uma celebração com a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima, no dia 5 de outubro (sábado), quando o programa do Jubileu do Cinquentenário “intensifica-se progressivamente”.

As Dioceses de Santarém e de Setúbal foram criadas no mesmo dia, a 16 de julho de 1975, e estão previstas visitas mútuas, peregrinações aos santuários do Santíssimo Milagre (Santarém) e de Cristo Rei (Almada).

O bispo emérito de Santarém, D. Manuel Pelino, o segundo responsável por este território diocesano, de 1998 a 2017, e o abade de Singeverga, D. Bernardino Costa, que foi perito e consultor da nova obra do altar na Sé, também estiveram presentes na celebração.

CB/OC

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