Igreja/Sociedade: Bispo de Coimbra sai em defesa do «valor inalienável da vida humana» e da união entre «homem e mulher» 

D. Virgílio Antunes participou na Festa Diocesana das Famílias em Ferreira do Zêzere

Ferreira do Zêzere, 30 abr 2018 (Ecclesia) – O bispo de Coimbra defendeu este domingo o “valor inalienável da vida humana, em todas as suas fases” e o caráter “único” do ideal de Família assente “no amor do homem e da mulher”.

Durante a edição deste ano da Festa Diocesana das Famílias, que decorreu em Ferreira do Zêzere, D. Virgílio Antunes teve oportunidade de celebrar o jubileu dos 25, 50 e mais anos de união de vários casais.

Na homilia da Eucaristia, enviada hoje à Agência ECCLESIA, o responsável católico classificou “cada um destes matrimónios” como “um monumento à grandeza do amor feliz” e paradigma “maior” da “força do amor humano e do amor divino”.

E colocou a defesa do ideal católico de Família a par de outros pressupostos que têm preocupado a Igreja Católica.

Como “o valor inalienável da vida humana em todas as suas fases, da conceção à morte natural” e “a defesa da vida dos doentes e dos idosos”, um “verdadeiro tesouro para as famílias”.

“Podemos não ser bem entendidos ou até ridicularizados na praça pública, mas não conhecemos outra linguagem nem outro caminho para ajudar a humanidade a encontrar uma felicidade duradoira”, frisou D. Virgílio Antunes.

Para o prelado, o exemplo de entrega no matrimónio católico é tanto mais fundamental numa sociedade onde o “amor” é muitas vezes entendido apenas “como busca da própria satisfação”.

A Festa das Famílias da Diocese de Coimbra teve como tema ‘Famílias vizinhas e solidárias’.

Durante o evento, D. Virgílio Antunes reforçou o valor das famílias também para a disseminação de uma cultura de “solidariedade”.

Uma mais-valia que, segundo o responsável católico, esteve bem presente por exemplo na tragédia humana dos incêndios que fustigaram Portugal, e em especial a zona centro do país, nos meses de junho e outubro de 2017.

Tragédias que “deixaram em muitas famílias as memórias inapagáveis do sofrimento e da morte”, mas “também sinais igualmente inextinguíveis de famílias verdadeiramente vizinhas, mesmo que a muitos quilómetros de distância”, relevou o bispo de Coimbra.

“A verdadeira vizinhança é muito mais do que a pequena distância a que se habita, ela é uma atitude do coração, que faz sentir como dores da nossa casa aquilo que faz sofrer a casa dos outros”, defendeu D. Virgílio Antunes, que deixou no final da sua intervenção “um forte abraço de fraternidade e solidariedade” às famílias que hoje passam por momentos mais difíceis.

JCP

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Agência ECCLESIA

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