D. Armando Esteves Domingues não esqueceu o novo Governo dos Açores nos seus pedidos
Angra do Heroísmo, Açores, 16 fev 2024 (Ecclesia) – O bispo de Angra entregou 12 intenções nos seus pedidos de oração aos romeiros que vão peregrinar em diversas ilhas do Arquipélago dos Açores e na diáspora, durante o tempo da Quaresma, a partir de 17 de fevereiro.
“Oxalá este caminho de penitência e conversão vos traga a alegria do Crucificado e possais cantar o mais belo Aleluia Pascal das vossas vidas com as famílias, amigos, comunidades paroquiais”, deseja D. Armando Esteves Domingues, segundo informação da Diocese de Angra enviada à Agência ECCLESIA.
O bispo diocesano selecionou 12 preces, com temas relacionadas com a Igreja e a sociedade, os jovens e a família, a política e as ilhas dos Açores, a guerra e a paz, que foram entregues ao Movimento dos Romeiros de São Miguel.
“Pela Paz na Ucrânia e na Terra Santa; pelas pessoas e famílias sem habitação adequada; pelos jovens que caíram nas garras da droga ou estão em risco; pela santidade dos sacerdotes, religiosas, religiosos e leigos; pelas vítimas da violência doméstica; pela Unidade entre as 9 ilhas; pelos jovens que foram crismados; pelos desempregados e jovens que ainda não conseguiram o primeiro emprego; pelas intenções e saúde do Santo Padre; pelas nossas autoridades e pelo futuro Governo Regional dos Açores; pelos nossos velhinhos que vivem em família ou em lares de acolhimento para que se sintam amados e acompanhados e pelo itinerário pastoral e todos os leigos empenhados na pastoral diocesana”, são os pedidos de oração do bispo de Angra. |
D. Armando Esteves Domingues adianta também que, em cada dia, vai rezar “pelo Movimento dos Romeiros de São Miguel e por cada um dos que fazem a romaria”.
O portal online ‘Igreja Açores’, da Diocese de Angra, informa que vão sair 56 grupos de nas Romarias Quaresmais deste ano de 2024: 54 de São Miguel, dois da diáspora açoriana, existem também nas ilhas Terceiras, Graciosa e São Jorge e grupos de romeiras.
As romarias quaresmais começam este sábado, dia 17 de fevereiro, pelas 05h30 locais (mais uma hora em Lisboa), e, para o presidente do Movimento de Romeiros de São Miguel, João Carlos Leite, a expectativa é a “de um regresso à normalidade com números semelhantes aos de antes da pandemia”; devido à Covid-19 as romarias quaresmais tiveram um interregno de “quase três anos”.
Nesta primeira semana da Quaresma, tempo litúrgico que começou com a celebração das cinzas, partem 11 ranchos – nove começam sábado e dois no domingo, dias 17 e 18 – onde está o grupo ‘Santa Maria de Toronto’, o primeiro da diáspora.
Os ranchos de romeiros cumprem um percurso, sempre com mar pela esquerda, passando pelo maior número possível de igrejas e ermidas de São Miguel, a pé, durante uma semana; começam a andar antes do nascer do sol e terminam ao pôr-do-sol, sendo acolhidos pelas famílias, nas suas casas ou outros espaços.
Os romeiros usam um xaile, um lenço, um saco para alimentos, um bordão e um terço, entoando cânticos e rezando, e recolhem intenções que vão sendo partilhadas, sobretudo dentro das localidades, ao longo da estrada.
As romarias quaresmais vão terminar na Quinta-feira-santa, este ano dia 28 de março, o dia em que recolhem os últimos ranchos coincidindo com a Missa da Ceia do Senhor, onde está instituído o rito do Lava-pés.
Num despacho da Presidência do Governo Regional sobre as ‘Romarias 2024’, José Manuel Bolieiro, determinou, por exemplo, que “ficam dispensados de serviço os trabalhadores da Administração Pública Regional dos Açores que participem nas Romarias”, que se realizem nas ilhas São Jorge, Graciosa, São Miguel e Terceira, nesta Quaresma.
No ano pastoral 2022/2023, os Romeiros de São Miguel comemoraram os ‘500 anos das Romarias Quaresmais’, que tiveram origem na sequência de terramotos e erupções vulcânicas registados no século XVI nesta ilha, que arrasaram Vila Franca do Campo e causaram grande destruição na Ribeira Grande, em 1522.
CB/OC