Tema esteve em destaque na terceira sessão dos «Diálogos com António», em Coimbra
Coimbra, 02 mar 2020 (Ecclesia) – Os Claustros do Mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra, acolheram este domingo a terceira sessão dos ‘Diálogos com António’, dedicada ao tema “A Economia de Francisco”, que abordou a relação entre fé e dinheiro.
Ricardo Zózimo, professor da Nova School of Business & Economics, defendeu que a ideia de transformação na economia só é consistente “quando toca no bolso das pessoas”.
“É preciso fazer escolhas sobre a forma como usamos o dinheiro, a nível pessoal, dos governos e dos países”, disse à Agência ECCLESIA.
O especialista faz parte do grupo de preparação do encontro “A Economia de Francisco”, convocado pelo Papa e remarcado para 21 de novembro, em Assis.
Ricardo Zózimo sustenta que “o verdadeiro cristão sabe usar melhor o dinheiro que tem no bolso, fazendo escolhas conscientes e sabendo repartir com os que têm menos”.
Os ‘Diálogos com António 2020’ integram as iniciativas que assinalam os 800 anos dos Mártires de Marrocos e da vocação franciscana de Santo António.
Este domingo, a iniciativa contou também com a presença de Carlos Farinha Rodrigues, para quem os apelos do Papa têm uma abrangência mais vasta do que os católicos ou a dimensão religiosa.
O professor de economia no ISEG considera que está em causa a própria “sobrevivência no planeta” e destaca a “necessidade de olhar com olhos mais humanizados para o sistema económico”.
O desafio económico do Papa implica também o envolvimento de cada um, acrescenta a diretora da Fundação Gonçalo da Silveira.
Teresa Paiva Couceiro diz que “não há economia sem as pessoas” e assim “são elas que devem ter relevância em todo o processo económico”.
Promovidos pelos Franciscanos Conventuais, os ‘Diálogos com António 2020’ têm sido “uma boa surpresa”, referiu à ECCLESIA frei Severino Centomo.
O franciscano sublinha que as celebrações têm revelado à cidade de Coimbra um rosto jovem de Santo António e a opção vocacional que o levou a mudar o rumo da sua vida.
As comemorações jubilares prolongam-se até ao dia 17 de janeiro de 2021.
PR/HM/OC