Jornadas Missionárias Nacionais decorreram em Fátima, associando-se ao Ano da Oração convocado pelo Papa
Fátima, 23 set 2024 (Ecclesia) – O padre vietnamita Dinh Anh Nhue Nguyen, secretário-geral da União Missionária Pontifícia (UMP), elogiou o “grande entusiasmo” que encontrou em Portugal, onde participou nas Jornadas Missionárias Nacionais.
“Estou muito impressionado com a vida da missão, o espírito missionário aqui em Portugal”, disse à Agência ECCLESIA.
O sacerdote, também diretor do Centro Internacional de Animação Missionária (CIAM), em Roma, disse ter encontrado “um grande trabalho e um grande entusiasmo pelas missões da Igreja”.
As Jornadas Missionárias, promovidas pelas Obras Missionárias Pontifícias – Portugal, tiveram como tema ‘A oração dos discípulos missionários de Jesus’, tendo decorrido entre sábado e domingo.
O padre Dinh Anh Nhue Nguyen realça que “a oração é a primeira ação da missão”, como refere o Papa.
O sacerdote diz-se “filho da fé da Igreja portuguesa”, recordando que “o primeiro missionário documentado” no Vietname foi um português.
Já o diretor nacional das Obras Missionárias Pontifícias, padre José Rebelo, destacou à Agência ECCLESIA a importância do tema escolhido para as Jornadas Missionárias 2024, associando-se ao Ano da Oração convocado pelo Papa.
“Depois de nos encontrarmos com Deus, somos impelidos a sair, somos impelidos a ir ao encontro”, referiu o religioso.
Para o responsável, o Jubileu 2025 pode gerar um “novo vigor missionário”, apelando à solidariedade e à partilha de recursos, entre comunidades católicas.
O padre José Rebelo sublinha que, neste momento, Portugal já recebe missionários de outros países, pedindo que esta situação sirva para uma valorização recíproca.
“O meu receio é que eles venham para tapar buracos e que não seja realmente uma partilha entre Igrejas, que não os recebamos da maneira até a enriquecer a nossa tradição”, aponta.
Entre os participantes nestas Jornadas esteve o padre Álvaro Pacheco, missionário da Consolata, que recordou os anos de trabalho na Coreia do Sul.
“Da nossa parte tem de haver integração e aculturação, não só inculturação, entrar na cultura, mas também fazer nossa da cultura deles, mas juntando as duas numa só cultura, que é a cultura do Evangelho”, precisa.
Questionado sobre as formas de rezar nos dois países, o missionário refere que “a essência é a mesma, é estar com Deus, é dialogar com Deus”.
“É apresentar a nossa história a Deus e conhecer a sua história com a humanidade. Costumo dizer que a oração é uma espécie de aprofundamento da nossa amizade, da nossa relação de amor com Deus”, sustenta.
LFS/OC