Igreja/Saúde: Papa apresenta doença como «caminho» de proximidade com Jesus

Dia Mundial do Doente recorda importância dos cuidadores

Cidade do Vaticano, 111 fev 2016 (Ecclesia) – A Igreja Católica celebra hoje o Dia Mundial do Doente, tendo como pano de fundo a mensagem do Papa, na qual Francisco assinala que a doença coloca a fé em Deus “à prova” mas revela “toda a sua força positiva”.

“A doença, sobretudo se grave, põe sempre em crise a existência humana e suscita perguntas que nos atingem em profundidade. Podemos sentir-nos desesperados, pensar que tudo está perdido, que já nada tem sentido. Nestas situações, a fé em Deus se, por um lado, é posta à prova, por outro, revela toda a sua força positiva”, escreve.

Francisco contextualiza que não é porque a doença, tribulações ou perguntas desapareçam mas porque “dá uma chave para descobrir o sentido mais profundo” do que se está a viver.

“Uma chave que nos ajuda a ver como a doença pode ser o caminho para chegar a uma proximidade mais estreita com Jesus”, desenvolve, assinalando que esta chave é dada por Maria, a mãe de Jesus.

O Papa tinha convida esta quarta-feira à celebração do Dia Mundial do Doente, recordando mais uma vez o papel dos cuidadores.

“Convido a rezar pelos doentes e a fazer-lhes sentir o nosso amor. Que a mesma ternura de Maria esteja presente na vida de tantas pessoas que se encontram ao lado dos doentes, sabendo acolher as suas necessidades, mesmo as mais impercetíveis”, apelou, durante a audiência pública semanal que decorreu na Praça de São Pedro, Vaticano.

Segundo Francisco, o tema 'Confiar em Jesus misericordioso, como Maria: «Fazei o que Ele vos disser»' (Jo 2, 5) para o Dia Mundial do Doente 2016 “insere-se muito bem” no âmbito do Jubileu Extraordinário da Misericórdia.

A mensagem do Papa desenvolve-se sobre o episódio bíblico das bodas de Caná, “um ícone da Igreja” e destaca a “esperança” que existe neste acontecimento para todos onde se “manifestam os traços distintivos de Jesus e da sua missão” e revela a “solicitude” de Maria que “reflete a ternura de Deus”.

Para o Papa, “sãos ou doentes” todos podem “oferecer canseiras e sofrimentos” como a água que “encheu as vasilhas nas bodas de Caná e foi transformada no vinho melhor”.

Francisco incentiva cada hospital ou casa de recuperação a “ser sinal visível e lugar para promover a cultura do encontro e da paz”.

“Onde a experiência da doença e da tribulação, bem como a ajuda profissional e fraterna contribuam para superar qualquer barreira e divisão”, acrescenta.

A Jornada, como é tradição, é celebrada no dia da festa litúrgica de Nossa Senhora de Lourdes; em 2016 é a cidade de Nazaré, na Terra Santa, que acolhe o encontro mundial.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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