Ação vai decorrer entre as 12h30 e as 14h30, nas escadarias em frente à Assembleia da República
Lisboa, 23 mai 2018 (Ecclesia) – O movimento «Stop Eutanásia» promove esta quinta-feira uma manifestação a favor da vida, contra a aprovação da Eutanásia, das 12h30 às 14h30, nas escadarias em frente à Assembleia da República, em Lisboa.
“O que se está a pôr em causa é o sermos ou não enquanto sociedade de acompanhar as pessoas mais frágeis, mais sós, mais doentes. Precisamos enquanto sociedade desenvolver essa solidariedade, esse humanismo”, afirmou Graça Varão sobre a oposição a uma aprovação que permita a eutanásia em Portugal.
No dia 29 deste mês, na próxima terça-feira, os deputados no Parlamento Português vão discutir e votar, a pedido dos partidos PAN, Bloco de Esquerda, Verdes e Partido Socialista, quatro projetos de lei que pedem a legalização da eutanásia.
“A alternativa a esta lei é o investimento e a maior cobertura geográfica dos cuidados paliativos. Seria um retrocesso naquilo que é o desenvolvimento enquanto sociedade e a nossa civilização que deverá ser na proteção de todos, nomeadamente dos mais frágeis e vulneráveis, desenvolve a entrevistada em declarações à Agência ECCLESIA.
É neste contexto que o movimento «Stop Eutanásia» promove, esta quinta-feira, uma manifestação a favor da vida, entre as 12h30 e as 14h30, nas escadarias em frente à Assembleia da República, em Lisboa.
Segundo Graça Varão, a mobilização “tem sido muito boa, muito intensa” e num curto prazo mas que tem revelado ao movimento cívico “o quão preocupados estão os portugueses”.
“Temos sentido que ninguém quer ficar em casa, que as pessoas querem mostrar a sua posição sobre esta hipotética lei. Este agendamento legislativo parece-nos precipitado, irresponsável, e de alguma maneira um erro”, desenvolve.
Neste âmbito, Graça Varão realça que o Parlamento português “não está mandatado” para aprovar esta lei afinal o tema não constava nos programas eleitorais.
A eutanásia, acrescenta, é um tema de “uma delicadeza imensa” que pode ter consequências gravíssimas e “não foi suficientemente esclarecido, discutido”.
Para o elemento do movimento ‘Stop Eutanásia’ há alguma falta de informação da sociedade e mesmo um “povo de brando costumes” relativamente a estes temas “não” pode ficar parado e indiferente.
A partir da experiência de países europeus, como a Bélgica e a Holanda, que teve “consequências desastrosas”, a entrevistada alerta para “consequências muito graves”.
“A lei derrapa, cada vez mais os critérios que deverão ser condição para a prática da eutanásia vão alargando. Vão aparecendo nesses parlamentos projetos de lei para alargar mais e mais. Hoje a Bélgica, que em 2002 começou com lei restritiva para maiores de idade e situações limite de sofrimento intolerável, é o único país que tem esta lei a menores sem limite de idade”, exemplifica Graça Varão.
O movimento que promove esta quinta-feira uma manifestação contra a aprovação de projeto leia sobre a eutanásia e pela vida realça que a “vida não é uma questão confessional” e os cristãos têm uma “responsabilidade muito grande”.
“Os portugueses não querem a eutanásia”, afirma Graça Varão, destacando ainda que a “vida não é referendável, e não deve ser discutida”.
De destacar ainda que no dia em que vão ser discutidos na Assembleia da República quatro projetos de lei, dia 29, a Federação Portuguesa pela Vida promove também uma concentração, pelas 13h30, na Assembleia da República.
HM/CB