Igreja/Saúde: Jesuítas querem controlar vírus Ébola através da informação da população

Lisboa, 25 ago 2014 (Ecclesia) – A Rede Jesuíta na África para a luta contra a Sida assinalou que “é urgente e necessário fornecer informações adequadas” sobre o vírus do Ébola às populações para que o vírus não se continue a alastrar.

“Ignorância, preconceito e medo são os primeiros inimigos a serem combatidos para conter o vírus Ébola”, explicou o padre Paterne Mombe, diretor da AJAN (African Jesuit AIDS Network), a Rede Jesuíta na África Subsariana que luta contra a Sida e assiste pacientes contagiados por este vírus.

Neste momento, a AJAN atua em três frentes: informação, formação e comunicação com material específico, como pósteres e panfletos, distribuído pelos jesuítas, pelas paróquias e Caritas locais, informou a Rádio Vaticana.

A ação de sensibilização começou nos países onde o vírus já é uma realidade e vai continuar com “palestras informativas e formativas” nos países onde a população pode vir a ser infetada para prevenir a difusão do vírus Ébola.

Para o sacerdote, “as pessoas contagiam-se”, principalmente na África Ocidental, por causa destes fatores – ignorância, preconceito e medo – que “leva-as a assumir comportamentos prejudiciais”, como o ataque a uma clínica em Monróvia, a capital da Libéria.

O padre Paterne Mombe revelou que “homens armados invadiram um centro médico com vários doentes internados em regime de isolamento e obrigaram-nos a fugir”.

Nesse sentido, o diretor da Rede Jesuíta na África para a luta contra a Sida (AJAN) comentou que existem pessoas para quem o vírus Ébola “é uma brincadeira e outros para quem é um vírus transmitido pelos médicos e enfermeiros” e “tiram seus parentes dos hospitais”.

“Todas as comunidades, inclusive a Igreja, têm um dever importante de informar a população sobre como evitar uma epidemia”, acrescentou o padre Paterne Mombe.

RV/CB

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