Igreja: «Santuários devem abrir-se ao exterior» – padre Sezinando Alberto

Presidente da Associação dos Reitores dos Santuários de Portugal anuncia congresso nacional para 2019

Fátima, 09 jan 2018 (Ecclesia) – O padre Sezinando Alberto, presidente da Associação dos Reitores dos Santuários de Portugal (ARSP), disse hoje em Fátima que é preciso que estas instituições se abram ao “exterior”, anunciando a realização de um congresso nacional para 2019.

“Os santuários devem abrir-se ao exterior”, sustentou, em declarações recolhidas pela Agência ECCLESIA no final do XI Encontro de Reitores dos Santuários, que se tinha iniciado esta segunda-feira.

A Casa de Retiros de Nossa Senhora do Carmo acolheu 20 reitores para este encontro formativo.

O padre Sezinando Alberto sublinhou que existem muitos estudos e trabalhos de investigação que não são conhecidos, neste setor.

Em 2019, a ARSP vai promover um congresso dos santuários, em parceria com o Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja, com a intenção de criar um programa “abrangente” das várias áreas do saber.

O público-alvo são não só as pessoas ligadas aos santuários mas também “à cultura, à arte”.

O presidente da ARSP disse que os trabalhos do encontro em Fátima deixaram alertas para a necessidade de contrariar uma mentalidade de “vale-tudo” na Liturgia e celebrar com “dignidade”, ajudando à “redescoberta do silêncio”.

“Posso ter pouca afluência, mas se celebrar com dignidade, quem lá vai volta com o coração cheio”, assinalou o sacerdote, reitor do Santuário de Cristo-Rei, em Almada.

O responsável fala de um percurso “positivo” de 12 anos de trabalho em conjunto, identificando e dando a conhecer os santuários de Portugal, 168 no seu todo.

“Todos nós estamos empenhados para que os santuários se transformem nas escolas de oração. Não em espaços, mas em escolas, e para ser uma escola, tem de haver formação”, a partir dos próprios reitores, sublinhou.

O XI Encontro de Reitores dos Santuários começou com uma palestra do padre Carlos Cabecinhas, reitor de Fátima, falando da importância das propostas de oração.

“O que define um santuário são as celebrações, e essas celebrações não esgotam um santuário”, sustentou.

O sacerdote explicou que a mensagem própria de um santuário e a sua especificidade “condicionam necessariamente toda a pastoral desenvolvida pelo santuário, também a nível da oração e da celebração”.

A Associação dos Reitores dos Santuários de Portugal pretende ser um canal de trabalho em rede, querendo contribuir para uma maior eficácia na divulgação dos santuários.

JCP/OC

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Agência ECCLESIA

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