Prefeito do Dicastério para o Clero esteve no Porto para Jornada de Formação
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Porto, 03 mar 2025 (Ecclesia) – O cardeal You Heung-sik, prefeito do Dicastério para o Clero (Santa Sé), destacou a importância da “vida comunitária” para os sacerdotes, falando ao jornal da Diocese do Porto, ‘Voz Portucalense’.
“Com todos os sacerdotes foi um belo ambiente em clima familiar. Acho que correu bem. Agradeço muito e estou contente. Tratei temas muito atuais para os sacerdotes de hoje. E estando com os sacerdotes é preciso ter o coração aberto, muito sincero e também transparente”, salientou o colaborador do Papa, que na última semana participou na Jornada de Formação promovida pela Diocese do Porto.
O cardeal sul-coreano apelou à oração pela recuperação de Francisco, pela paz e pelos marginalizados da sociedade.
“Rezo para que o Papa com força volte para o meio de nós como antes. Mas há uma outra parte: sim nós rezamos pelo Papa, pela sua saúde, mas é também muito importante aquilo que o Papa nos diz continuamente de colocar em prática: abrir o coração ao próximo, em compaixão, com ternura. Amar é querer bem”, assinalou D. Lázaro You Heung-sik.
Rezamos para sermos homens de paz com as outras pessoas. (…) E também outra coisa: quando o Papa nos fala nos marginalizados, os que sofrem, os migrantes, os doentes, os sós, ver Jesus neles e senti-los como irmãos e irmãs. Portanto, também é importante aquilo que o Papa nos pede para colocar em prática”.
No seu encontro com o clero do Porto, na Casa Diocesana de Vilar, o prefeito do Dicastério para o Clero abordou temas ligado à vida dos sacerdotes, como “a solidão, o individualismo, a fragilidade, a sobrecarga de trabalho, as mudanças sociais e tecnológicas e a sinodalidade”, informa a ‘Voz Portucalense’.
“O Concílio Vaticano II quando fala de sacerdote, não fala no singular, mas sempre diz sacerdotes no plural. Também Nosso Senhor é Uno e Trino. Vida trinitária. Diálogo, comunhão. Por isso, o sacerdote não deve estar só, mas sempre em vida comunitária com outros sacerdotes”, declarou.
‘Identidade sacerdotal e esperança’ foi o tema da reflexão proposta pelo cardeal sul-coreano, numa formação que abordou ainda o tema dos abusos sobre menores, com a presença de Rute Agulhas, coordenadora do Grupo Vita.
Outro tema abordado foi o da sinodalidade, proposto por sacerdotes que participaram em Roma em 2024 no encontro mundial “Párocos pelo Sínodo”, o padre António Bacelar, pároco da Maia, e o padre Sérgio Leal, pároco de Anta e Guetim.
OC