Lisboa, 21 out 2011 (Ecclesia) – D. Manuel Clemente, bispo do Porto, considerou que “uma leitura menos condicionada do passado” pode reservar “algumas surpresas para o presente”, também sobre Portugal e a sua República.
“Qualquer um de nós que tenha nascido na primeira metade de novecentos, passou decerto a vida a rever a linearidade patriótica dos antigos livros da instrução primária. E pode ter sucedido agora mesmo que a considerável literatura em torno da República lhe tenha dado uma ideia mais exata e distendida da variedade interna dos acontecimentos de há cem anos”, assinalou o bispo e historiador, na cerimónia de encerramento das comemorações do centenário da República, esta quinta-feira, no Parlamento.
O também presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais recordou, na sua intervenção, as “plataformas” conseguidas “de 1913 em diante”, destacando a “político-religiosa, que se revelou, aliás, mais fácil do que outras, entre os próprios grupos republicanos”.
OC