Pelo menos 10 dioceses enviam resultados do contributo quaresmal para este país
São já dez as Dioceses que decidiram enviar parte ou mesmo a totalidade das renúncias quaresmais para ajudar a população do Haiti, atingida pelo sismo do passado dia 12 de Janeiro. A decisão foi tomada pelos Bispos do Algarve, Angra, Beja, Braga, Lamego, Leiria-Fátima, Portalegre-Castelo Branco, Santarém, Viana e Viseu.
Os últimos apelos chegaram de D. António Sousa Braga, Bispo de Angra, o qual pede na sua mensagem para a Quaresma que os cristãos açorianos “ sejam solidários com o povo do Haiti”. Este responsável afirma que num momento em que várias campanhas de solidariedade estão a decorrer, “não podia faltar a mobilização, também, da comunidade eclesial”.
A ajuda à população do Haiti, vítima de um sismo no passado dia 12 de Janeiro, será feita através da Cáritas nos Açores, que irá fazer chegar os donativos à sua congénere haitiana.
O Bispo de Angra pede que os fiéis da sua Diocese partilhem “não apenas o supérfluo, mas até o fruto das nossas renúncias voluntárias ao longo da Quaresma”.
Também a Diocese de Portalegre-Castelo Branco, pela boca do seu Bispo, D. Antonino Dias, anunciou que metade da partilha que os católicos farão na Quaresma seguirá para o Haiti.
“Algumas Dioceses portuguesas fizeram já uma colecta específica para o Haiti, atingido pelo terramoto que a todos fez e continuará a fazer sofrer. Indicámos a conta da Caritas Portuguesa àqueles que queriam ajudar de imediato. Chegou, porém, a hora de convidar todos os diocesanos a, durante esta Quaresma, partilharmos as nossas renúncias com este povo tão sacrificado ao longo de toda a sua história”, indica o prelado.
D. António Vitalino, presidente da Comissão Episcopal da Mobilidade Humana da CEP, lembra aos emigrantes que em Portugal, muitas dioceses destinam a renúncia quaresmal deste ano à ajuda das vítimas do sismo de Haiti.
“Por isso apelo a todos os emigrantes para ajudar as vítimas deste sismo, tentando amenizar o seu sofrimento com o fruto da nossa partilha e sobretudo com a certeza de que não os esquecemos e abandonamos à sua falta de sorte”, afirma na sua mensagem de Quaresma às comunidades portuguesas.
D. José Policarpo, por seu lado, adiantou que o contributo dos fiéis se destinará ao “Fundo Diocesano de Ajuda Inter-Eclesial”, precisando que “além do ofertório específico que já foi feito para os irmãos do Haiti, o Patriarcado continuará atento à necessária ajuda à Igreja local, no exigente período de reconstrução e da criação de condições para o exercício da sua missão”.
Entretanto, a Campanha “Cáritas Ajuda Haiti” recolheu já mais de um milhão de Euros em donativos.