A Conferência Episcopal Boliviana assegurou esta Segunda-feira que levará por diante os seus esforços para abrir um diálogo de conciliação política entre o governo e a oposição, não obstante as duras críticas que lhe foram feitas pelo presidente Evo Morales. Qualquer negociação sobre os projectos de mudança constitucional, encabeçados por Morales, e autonomia para os departamentos (Estados), como pretendem opositores, teria lugar apenas após 4 de Maio, dia para o qual foi convocado um referendo sobre a autonomia no distrito de Santa Cruz considerado ilegal pelo governo. “Pensamos que as condições para o diálogo podem surgir após o 4 de Maio”, disse o Arcebispo de Cochabamba, D. Tito Solari, informando que continua de pé a tarefa de “facilitação de diálogo” empreendida pela Igreja. “O país atravessa um momento delicado (…) e queremos dizer a todos que tenham calma”, acrescentou o Arcebispo, referindo-se ao conflito que ameaça levar à violência.