A celebração dos 25 anos do Conselho Pontifício para a Cultura (CPC) foi a ocasião para que o Papa e vários elementos destacados da Cúria Romana reforçassem a ideia de que a Igreja deve estar atenta ao mundo cultural. Bento XVI recebeu na manhã desta sexta feira no Vaticano os participantes num encontro de estudo promovido por ocasião dos 25 anos do CPC e reafirmou a urgência para a Igreja “de promover o desenvolvimento cultural tendo como objectivo a qualidade humana e espiritual das mensagens e dos conteúdos”. Para o Papa, também a cultura está hoje a braços com os processos de globalização que, “se não forem acompanhados constantemente por um discernimento vigilante podem voltar-se contra o homem, acabando por empobrecê-lo em vez de o enriquecer”. “Hoje mais do que nunca a abertura recíproca entre as culturas é um terreno privilegiado para o diálogo entre homens empenhados na procura de um humanismo autêntico, para além das divergências que as separam. Também no campo cultural, o Cristianismo tem para oferecer a todos a força mais poderosa de renovação e de elevação, isto é o Amor de Deus que se faz amor humano”, assegurou. A concluir o Papa formulou votos no sentido de que a Santa Sé possa continuar a promover na Igreja inteira “a cultura evangélica que é fermento, sal e luz do Reino no meio da humanidade”. O presidente do CPC, Cardeal Paul Poupard, tinha dito no início dos trabalhos deste seminário que “a vida da Igreja não pode ser vivida por fora ou à margem, mas em paralelo com a vida quotidiana e da cultura de um povo”.