O Papa Paulo VI foi recordado a 5 de Agosto, data do 31.º aniversário da sua morte, com uma missa na Basílica de São Pedro, presidida pelo cardeal arcipreste Angelo Comastri.
Em Castel Gandolfo, onde Bento XVI passa o Verão, a memória de Giovanni Battista Montini foi evocada na Paróquia de São Tomás de Villanova, numa Eucaristia concelebrada pelos bispos de Palestrina, D. Domenico Sigalini, e de Albano, D. Marcello Semeraro.
No Angelus do último Domingo, Bento XVI referiu a figura de Paulo VI ao propor modelos de espiritualidade para o Ano Sacerdotal: “A sua vida, tão profundamente sacerdotal e rica de tanta humanidade, permanece na Igreja como um dom do qual dar graças a Deus”.
O Papa pediu à Vigem Maria para ajudar os sacerdotes de hoje a “serem totalmente enamorados de Cristo”, seguindo o exemplo de Paulo VI e de santos como o Cura de Ars.
Concílio, visita a Portugal e «Humanae vitae»
Giovanni Battista Montini nasceu em Concesio, província de Brescia, a 26 de Setembro de 1897. Morreu em Castel Gandolfo, a 6 de Agosto de 1978.
Foi Papa desde 21 de Junho de 1963, sucedendo a João XXIII. Esteve à frente da Igreja Católica durante a maior parte do Concílio Vaticano II, tendo sido decisivo na aplicação prática das suas orientações.
A sua ordenação ocorreu em 1920, quatro anos depois de ter entrado no Seminário. Estudou na Universidade Gregoriana, na Universidade de Roma e na Accademia dei Nobili Ecclesiastici. Em 1937, entrou na Cúria Romana, como substituto para os Assuntos Correntes; a nomeação foi feita pelo cardeal Pacelli, secretário de Estado do Vaticano durante o pontificado de Pio XI e futuro Papa Pio XII.
Em 1954, foi nomeado arcebispo de Milão, cargo que lhe conferiu maior experiência pastoral. No consistório de 1958, João XXIII elevou-o à dignidade cardinalícia.
Foi o primeiro Papa a viajar de avião: fez viagens à Terra Santa, Índia, Portugal, Turquia, Colômbia, Suíça, Uganda, Filipinas e Austrália, tendo igualmente visitado a ONU.
Escreveu a encíclica «Humanae vitae», documento que constituiu num marco da doutrina da Igreja nas questões sobre o aborto, esterilização e regulação da natalidade por métodos artificiais. O texto serviu de base a vários documentos pontifícios posteriores sobre a família, ética conjugal e bioética.
Com Agência ZENIT
Foto: Paulo VI entrega o anel cardinalício a Joseph Ratzinger (1977)