Cerca de seis mil pessoas continuam fora das suas casas em Díli, a maior parte das quais nas montanhas que rodeiam a capital timorense, devido à instabilidade vivida nos últimos dias, disse fonte da ONU à Lusa. O Secretariado do Episcopado Timorense, que congrega as dioceses de Díli e Baucau, apelou hoje “à autoridade competente” que faça uma “séria investigação aos últimos acontecimentos” que resulte na “responsabilização dos criminosos por via judicial”. O apelo surge num comunicado enviado à Agência Lusa, resultante de uma reunião extraordinária dos bispos D. Alberto Ricardo da Silva (Díli) e D. Basílio do Nascimento (Baucau). Depois de “rejeitar peremptoriamente toda a violência ocorrida nos últimos dias, quer da parte militar quer da civil, lamentando as mortes e todos os prejuízos causados”, a hierarquia católica timorense pede a criação urgente de “condições de estabilidade e confiança para que a população aterrorizada volte à sua vida normal”. A necessidade do Estado encontrar uma “solução justa” para os problemas suscitados pelos militares contestatários e a “criação urgente de mecanismos de assistência humanitária” pelo Governo, completam o comunicado da Igreja Católica. Redacção/Lusa