D. António Augusto Azevedo, presidente da celebração, saudou momento «histórico»
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Vila Real, 26 jan 2025 (Ecclesia) – D. Sérgio Dinis, novo responsável do Ordinariato Castrense, foi hoje ordenado bispo na igreja de Nossa Senhora da Conceição, em Vila Real, numa cerimónia presidida pelo bispo local, que falou num momento “histórico”.
“A Igreja diocesana de Vila Real vive hoje um dia histórico com a ordenação episcopal de D. Sérgio Dinis, membro deste presbitério. Este é também um acontecimento de especial significado para o Ordinariato Castrense em Portugal e para a Conferência Episcopal, que recebe um novo membro”, indicou D. António Augusto Azevedo, na homilia da celebração, enviada à Agência ECCLESIA.
O novo bispo das Forças Armadas e de Segurança foi nomeado pelo Papa Francisco em novembro de 2024, sucedendo nesta missão a D. Rui Valério, atual patriarca de Lisboa.
A ordenação episcopal teve como bispo ordenante D. António Augusto de Azevedo, sendo co-ordenantes o bispo emérito de Leiria-Fátima, cardeal D. António Marto, e o patriarca de Lisboa.
“Esta celebração é, antes de mais, expressão da nossa gratidão a Deus que chama pastores para os pastores de que o seu povo precisa. Manifesta ainda a nossa profunda comunhão com o Papa Francisco que confiou a D. Sérgio uma nova e importante missão na Igreja”, indicou o bispo de Vila Real.
A partir da passagem do Evangelho segundo São Lucas, lida neste VI Domingo da Palavra de Deus, D. António Augusto Azevedo destacou que “o dever de anunciar o Evangelho, dizendo respeito a toda a Igreja, é primordial responsabilidade do bispo”.
A reflexão destacou que, no rito de ordenação, é imposto o evangeliário aberto sobre a cabeça do bispo, “mostrando assim que a Palavra de Deus que é Cristo o envolve, constituindo-o verdadeiramente seu guardião, defensor e testemunha”.
“A renovação da vida eclesial que urge fazer deverá partir da redescoberta da beleza da Palavra, do seu encanto e novidade. Este desiderato é ainda mais desafiante no atual contexto cultural em que a Palavra de Deus é desconhecida por muitos e desvalorizada por outros”, acrescentou.
Estes tempos requerem, por isso, mais ousadia e criatividade de bispos e padres mas também de leigos, sobretudo os jovens, na tarefa de levar a Palavra de Deus a tocar os corações dos homens e mulheres de hoje”.
D. António Augusto Azevedo evocou ainda o Jubileu 2025, dedicado à esperança, “uma virtude teologal que deve preencher o coração de um bispo para a poder levar a tantos lugares que dela carecem, a tantas pessoas mergulhados no sofrimento ou no desânimo”.
D. Sergio Dinis é o segundo membro do clero de Vila Real a ser escolhido para o Ordinariato Castrense, “um grande serviço à Igreja e ao país”.
“Peço que Deus lhe conceda a sua graça para um exercício fecundo e feliz do ministério episcopal”, desejou o bispo de Vila Real.
O Ordinariato Castrense de Portugal é assim designado a partir de 1986, com a Constituição Apostólica ‘Spirituali Militum Curae’’; estão sob a sua jurisdição todos os fiéis militares e aqueles que, por vínculo da lei civil, se encontram ao serviço das Forças Armadas, bem como os setores integrantes das Forças de Segurança, ou seja, a Guarda Nacional Republicana e a Polícia de Segurança Pública.
O Serviço de Assistência Religiosa das Forças Armadas e das Forças de Segurança foi regulamentado em 2009, na sequência da Concordata assinada entre Portugal e a Santa Sé em 2004, sendo constituído pela Capelania Mor e pelos centros de assistência religiosa da Armada, do Exército, da Força Aérea, da Guarda Nacional Republicana e da Polícia de Segurança Pública.
OC