Igreja/Portugal: Servitas assumem missão de ser «reflexo da Mensagem de Fátima» junto dos peregrinos – Maria José Eiró

Associação dos Servitas de Nossa Senhora de Fátima comemora este ano 100.ºaniversário de serviço aos peregrinos

Foto: Arlindo Homem

Lisboa, 26 jun 2024 (Ecclesia) – Os Servitas de Nossa Senhora de Fátima celebram este ano o centenário da associação, assumindo a vocação de serviço aos peregrinos, transmitindo a mensagem deixada na Cova da Iria, em 1917.

“Nós temos bem presente que a Mensagem de Fátima é um refúgio que nos dá confiança, é um caminho que nos conduz até Deus. Dentro desta certeza, temos de ser reflexo da Mensagem de Fátima junto aos peregrinos. Portanto, é fácil, porque quando somos servitas o que nós queremos é isto”, afirmou Maria José Eiró, presidente da Associação de Nossa Senhora de Fátima.

A responsável assinala que o “servita está para ajudar e para apoiar a encaminhar”.

“Nós acolhemos o peregrino e ajudamo-lo a rezar também, rezamos com ele, mas ajudamo-lo a encontrar, no fundo, o que ele quis fazer em Fátima […] e como é que quer estar”, destaca Maria José Eiró, que acrescenta que o lava-pés é um rito em que os Servitas escutam muito.

“É mais um serviço de escutar do que de tratar, propriamente dito. No recinto, em todos os nossos serviços, o que nós fazemos é escutar o peregrino e este escutar tem um bocadinho de tudo, também tem rezar”, indica.

Rui Militão, Associação dos Servitas de Nossa Senhora de Fátima

Rui Militão integra hoje a direção dos Servitas de Nossa Senhora de Fátima e revela que a entrada na associação se deu por influência de uma série de amigos que dela faziam parte.

“Sendo católico e, portanto, estando inserido num grupo de pessoas também católicas e de amigos, foi fácil de escolher esta vocação”, refere.

Para Rui Militão, este “é um chamamento, é uma vontade”, sublinhando que “há um período de formação que não é pequeno” de cinco anos, “que servem para que o candidato tenha um tempo de discernimento e possa querer e aceitar o que lhe é pedido”.

Os candidatos, que têm de ser cristãos e de ter idade entre os 18 e os 50 anos, “tomam conhecimento da associação, de todos os serviços que a associação presta em Fátima aos peregrinos, e depois é-lhe colocada a questão se quer ou não quer fazer a sua promessa e a sua consagração à Nossa Senhora e ao serviço”, explica o servita.

“Temos tido uma média, o ano passado e este ano, de 12 candidatos a querer entrar. Jovens, sobretudo. E é uma alegria recolhê-los e recebê-los. E eles trazem também uma alegria no servir. Novidades. Aprendemos sempre com eles e acolhemos todos”, assegura Maria José Eiró.

A 12 de junho de 1924, o então bispo de Leiria D. José Alves Correia da Silva fundou em Fátima um grupo de apoio aos peregrinos com o título “Servos de Nossa Senhora do Rosário da Fátima” e hoje é composta por cerca de 430 membros.

Maria José Eiró, presidente da Associação dos Servitas de Nossa Senhora de Fátima

A data foi assinalada com uma Missa Solene na Basílica de Nossa Senhora do Rosário, em Fátima, presidida pelo bispo de Leiria-Fátima, D. José Ornelas, com a presença do reitor e de outros concelebrantes, realça a presidente da associação.

“Comemoramos [o centenário] com imenso orgulho, no fundo o orgulho de quem sabe, ou de quem sente, de todos os que estiveram atrás de nós e todos os Servitas que criaram a nossa Associação e que viveram, como nós, este trabalho ao serviço dos peregrinos e de Nossa Senhora em Fátima”, enfatiza.

O centenário da Associação dos Servitas de Nossa Senhora de Fátima é tema hoje em destaque no Programa ECCLESIA, transmitido na RTP2.

HM/LJ/OC

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Agência ECCLESIA

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