Fátima, 16 jun 2023 (Ecclesia) – O Secretariado Nacional de Liturgia editou um novo livro sobre ‘A forma de vida eremítica na Igreja particular’, que é a tradução de um documento do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica.
“Do Oriente ao Ocidente, a tradição cristã foi atravessada pela presença luminosa de homens e de mulheres que viveram, com uma radicalidade singular, a sequela pressius Christi na forma de vida eremítica. Desde as origens, os primeiros testemunhos lembram o que é típico de uma vida dada a Deus, para louvor da glória da sua graça”, começa por assinalar a introdução da nova publicação do SNL.
O Secretariado Nacional de Liturgia, da Igreja Católica em Portugal, informa que ‘A forma de vida eremítica na Igreja particular’ é a tradução do documento ‘Ponam in deserto viam’, do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica da Santa Sé.
“A vida eremítica exprime-se pela escolha de viver uma busca intensa e exclusiva do olhar de Deus, estimulada pelo desejo de união íntima com Ele, entregando-se unicamente a Ele numa separação do mundo extremamente rigorosa”, acrescenta.
As orientações deste dicastério do Vaticano, “em linha com a tradição da vida eremítica e no quadro do cânone 603”, dizem respeito em particular aos eremitas, homens e mulheres, que, “dependem diretamente do Bispo diocesano e observam, sob a sua conduta, a forma de vida que lhes é própria”, lê-se ainda na introdução.
O SNL, órgão executivo da Comissão Episcopal de Liturgia da CEP, explica que a Igreja “deseja dar graças” por esta “pérola preciosa” (Mt 13, 44), colocada simultaneamente no centro e nas margens da vida das comunidades cristãs e que é “olhada com respeito pelos pastores das Igrejas particulares”, conscientes do dever de a conservar na sua autenticidade e de a acompanhar no seu desenvolvimento.
O Catecismo da Igreja Católica dedica dois números à vida eremítica (920-921), sublinhando a manifestação do “aspeto interior do mistério da Igreja que é a intimidade pessoal com Cristo”.
CB