25.º Encontro Nacional da pastoral do setor decorre em Fátima
Fátima, Santarém, 28 mai 2013 (Ecclesia) – O coordenador nacional da Pastoral da Saúde, monsenhor Vítor Feytor Pinto, disse hoje em Fátima que a Igreja Católica deve promover uma atitude de “proximidade” e atenção em relação aos doentes, no momento de crise que se vive em Portugal.
“É fundamental dar atenção total à saúde dos cidadãos”, disse o responsável à Agência ECCLESIA, no início do 25.º Encontro Nacional da Pastoral da Saúde, que decorre entre hoje e sexta-feira, para analisar o tema ‘A Arte de Cuidar’.
O sacerdote sustenta que se tem vindo a dar “mais atenção à parte económica do que à salvação efetiva da pessoa humana”.
Para Monsenhor Feytor Pinto, é necessário atender às “crises” que atingem as pessoas na sua doença, com competência “técnica, ética, de comunicação e de compaixão”.
“Mesmo quando o doente tem uma doença crónica ou uma doença terminal, que já não pode curar-se, temos de o tratar com tanta ternura, com tanta atenção, que ele se sinta sereno, realizado, feliz”, precisa.
O encontro é promovido pela Comissão Nacional da Pastoral da Saúde e conta com a presença do ministro da Saúde, Paulo Macedo, na sessão de abertura.
D. Jorge Ortiga, arcebispo de Braga e presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, apelou à “corresponsabilidade” neste setor, que “torne viva a vida dos mais desamparados”, numa ação “diária, concertada”.
A pastoral da saúde, acrecentou, deve ser “uma verdadeira arte, que não aceita amadorismos”.
O programa das conferências e debates inspira-se na parábola bíblica do Bom Samaritano, relatada pelo Evangelho de Lucas no capítulo décimo, onde se apresenta o episódio de uma doente caído na estrada e que é tratado e acolhido por um estrangeiro.
A jornalista Aura Miguel, da Rádio Renascença, abordou na primeira conferência do evento a mensagem dos participantes no Concílio Vaticano II “aos Pobres, aos Doentes, aos mais carenciados do mundo”.
“A questão do sofrimento é muito profunda e é preciso sensibilidade”, que exige “disponibilidade interior e também material”, destaca.
Maria Barroso, presidente do Conselho de Administração da ONGD Pro Dignitate – Fundação de Direitos Humanos, disse à Agência ECCLESIA que o cuidado com quem sofre é uma “obrigação”, sobretudo nos momentos “muito difíceis” que se vivem em Portugal e noutras partes do mundo.
“Temos de cuidar dos outros”, apela.
Médicos, enfermeiros, capelães hospitalares e responsáveis da pastoral da saúde são os conferencistas convidados para quatro dias de estudo e reflexão, anuncia o programa do encontro publicado na página da internet da Comissão Nacional da Pastoral da Saúde.
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