D. José Traquina pede que responsáveis políticos promovam soluções de consenso e estabilidade
Lisboa, 12 out 2024 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana disse hoje, em Lisboa, esperar um entendimento que aprove o Orçamento de Estado (OE) 2025.
“Acompanho com esperança e espero que haja um entendimento para o Orçamento de Estado, ou seja, para a sociedade poder funcionar com mais estabilidade”, referiu D. José Traquina à Agência ECCLESIA.
O responsável católico falava durante a conferência anual da Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP).
A iniciativa, que decorre esta manhã, no Centro Cultural Franciscano, tem como tema ‘O desafio do trabalho digno num mundo em mudança’.
Para o bispo de Santarém, é necessário que os políticos “tenham como referência o bem maior, que é a estabilidade necessária”.
“Também é necessário que haja mudanças, obviamente, mas também precisamos de estabilidade para as coisas evoluírem”, acrescenta.
D. José Traquina mostra-se confiante “no consenso de quem está no Parlamento”, para que o OE 2025 seja aprovado, aproveitando uma “fase boa”, com possibilidade de “investimentos e renovação de alguns aspetos, de condições para o bem da sociedade”.
“Espero, portanto, que seja possível esse Orçamento e essas melhorias”, insiste.
Questionado sobre o debate político que tem rodeado as negociações sobre o OE 2025, o presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana recorda a “liberdade” de cada força política.
“Estão a fazer o seu papel, porque há um governo, há uma oposição, há oposições, são vários partidos. Estamos a ver a democracia”, observa o entrevistado, admitindo que haja “confrontos e alguns momentos menos simpáticos”, neste debate.
“A democracia há de funcionar”, assinala o bispo de Santarém, desejando “bom senso”, para que a conclusão sirva “não simplesmente o interesse de uma parte, mas o bem de todos”.
O OE 2025 foi entregue esta quinta-feira no Parlamento pelo ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, ao presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar Branco.
PR/OC
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