Pároco e mestre-de-cerimónias da Sé de Lisboa aponta «paternidade em Cristo» e lembra patriarca emérito como «pastor e professor»
Lisboa, 13 mar 2014 (Ecclesia) – O cónego Luís Manuel Silva disse hoje que as qualidades de D. José Policarpo estão “para lá da dimensão humana” e indica uma “paternidade em Cristo” que conduziu o ministério episcopal do patriarca emérito.
“A relação com um bispo da diocese e com o presbitério não se pauta apenas pelas dimensões humanas, de gosto/não gosto. Essa é uma qualificação menor”, refere.
“Há uma relação de paternidade em Cristo e a figura do bispo, para lá da sua pessoa e qualidades humanas e intelectuais; a sua pessoa e o seu múnus na diocese estão para lá de tudo isso”, aponta à Agência ECCLESIA o pároco da Sé de Lisboa.
D. José Policarpo faleceu esta quarta-feira aos 78 anos, vítima de aneurisma na aorta, informou a Diocese de Lisboa.
O cónego Luís Manuel Silva, pároco e mestre-de-cerimónias da Sé, lembra D. José Policarpo como “pastor e professor” a quem serviu na Catedral da capital: “Guardo-o como meu bispo, que não me ordenou, mas a maior parte da minha vida sacerdotal foi no pontificado de D. José”.
O pároco da Sé assinala o “grande respeito e enlevo” que o cardeal patriarca emérito colocava na liturgia da catedral lisboeta.
“Foi um bispo que prezou muito a vida litúrgica da sua catedral e tomou iniciativas concretas sobre isso. As catequeses quaresmais, durante os domingos da Quaresma, as várias celebrações ao longo do ano de entidades oficiais e instituições que gostavam de as celebrar na Sé presididas pelo Senhor Patriarca, e ele próprio encaminhava as pessoas para a Catedral fazendo sentir essa importância da igreja mãe”, precisa.
O cónego Luís Silva afirma que esta é uma hora de “um misto de sentimentos, de recordações, e acima de tudo de um grande recolhimento”.
O corpo do cardeal D. José Policarpo, patriarca emérito de Lisboa, vai chegar hoje à Sé da capital portuguesa, pelas 15h00, permanecendo em câmara ardente até sexta-feira às 16h00.
LS