Marcelo Rebelo de Sousa evoca «uma das figuras mais importantes» da Igreja Católica nas últimas décadas
Lisboa, 06 out 2021 (Ecclesia) – O presidente da República Portuguesa prestou hoje a sua homenagem ao padre Vítor Feytor Pinto, falecido aos 89 anos de idade, evocando uma das “figuras mais importantes” da Igreja Católica nas últimas décadas.
“Com a morte do Padre Feytor Pinto desaparece uma das figuras mais importantes da Igreja Católica Portuguesa nos últimos cinquenta anos. E, certamente, das mais presentes em movimentos de jovens, de famílias, de comunidades sociais as mais diversas, e das mais sensíveis a todos os grandes problemas da sociedade portuguesa, da educação à saúde, da solidariedade social às migrações, da inclusão ao mundo do trabalho”, escreve Marcelo Rebelo de Sousa.
A mensagem divulgada pelo site da Presidência da República destaca que o sacerdote teve “influência decisiva em momentos essenciais da afirmação da mensagem cristã, com uma constante visão de serviço e de futuro”.
A mensagem recorda o papel do padre Feytor Pinto “para ajudar a estabelecer diálogos ecuménicos e a aplanar caminhos em paróquias, dioceses e plataformas de partilha, em momentos cruciais da vida comunitária, desde os anos 70” do último século.
O presidente da República homenageia ainda o “Homem, o Mestre pela palavra e pelo exemplo, o Cidadão, o Português, apresenta os seus mais emocionados sentimentos aos seus familiares”.
Marcelo Rebelo de Sousa alude, em particular, a “uma muito antiga amizade, que os anos mais recentes tornaram ainda mais forte, com o acompanhamento próximo da via crucis, feita de amor à vida e de capacidade de resistir e de se reinventar, que o padre Vítor Feytor Pinto demonstrou até ao último minuto da sua presença entre nós”.
O sacerdote, antigo coordenador nacional da Pastoral da Saúde, faleceu esta quarta-feira, informou o Patriarcado de Lisboa.
Vítor Francisco Xavier Feytor Pinto, natural de Coimbra, foi ordenado na Diocese da Guarda a 10 de julho de 1955, tendo ficado ligado à divulgação do Concílio Vaticano II no Movimento ‘Por um Mundo Melhor’; ao trabalho na Ação Católica e à vivência do 25 de Abril, antes de chegar à reflexão sobre a Pastoral da Saúde e a defesa dos direitos fundamentais; nos últimos anos, destacou-se pelo trabalho na paróquia do Campo Grande.
OC