Igreja/Portugal: Presidente da Comissão da Educação Cristã afirmou que educar «deve ser aposta prioritária de qualquer sociedade»

António Augusto Azevedo salientou que a educação «não pode ser uma paixão fugaz, ou um investimento de conveniência»

Fátima, 05 out 2025 (Ecclesia) – O presidente da Comissão da Educação Cristã e Doutrina da Fé, da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), afirmou que educar “deve ser aposta prioritária, permanente, de qualquer sociedade”, e “supõe um genuíno espírito de serviço”, no Santuário de Fátima.

“[Educar] deve ser aposta prioritária, permanente, de qualquer sociedade, preocupação central de uma família.  E para a Igreja, a educação será sempre uma dimensão essencial da sua missão. Nesta ocasião jubilar, celebrando o caminho realizado, importa que possamos partir deste santuário, antes de mais, com o renovado espírito de fé”, disse D. António Augusto Azevedo, na homilia da Missa do Jubileu nacional da Educação.

O presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé, dos bispos de Portugal, afirmou que “a educação não pode ser uma paixão fugaz  ou um investimento de conveniência”, e explicou que educar supõe “um genuíno espírito de serviço, uma doação total e uma entrega permanente”, as condições materiais são importantes, mas “acima de tudo está a paixão”.

A Eucaristia foi o “momento alto” deste Jubileu nacional da Educação, uma iniciativa do Santuário de Fátima no âmbito do Ano Santo 2025 dedicado à esperança, que teve como parceiros o Secretariado Nacional da Educação Cristã (SNEC) da CEP e a Associação Portuguesa de Escolas Católicas (APEC).

Foto: Santuário de Fátima

A frase bíblica ‘crescia em sabedoria, estatura e graça’, do Evangelho de São Lucas, deu o mote a este dia jubilar que reuniu “pessoas envolvidas no mundo da educação – alunos e professores,  educadores e educandos, pais e filhos, “e tantos outros que servem a grande causa da educação”, para além de peregrinos com outros grupos, como a Peregrinação da Família Franciscana de Portugal, paróquias e movimentos.

“A seu modo, toda a missão educativa, desde aquela que começa nas famílias, em cada casa,  até àquela que se cumpre nas escolas e colégios, até à educação cristã e à formação catequética realizada em cada comunidade, todas essas variadas formas de educação, variadas e complementares, constituem sempre um ato de fé, um ato de esperança”, realçou D. António Augusto Azevedo.

O presidente da celebração, bispo de Vila Real, pediu que sintam que “vale a pena o esforço e o compromisso com a educação dos mais novos”, apesar das dificuldades a vencer, das incompreensões, porque, “acima de tudo, um educador, e um educador da fé, é, por excelência, um semeador, um instrumento de Deus”, homem e mulher de esperança que faz acontecer.

“Educar, preparar os homens e as mulheres do amanhã, as novas gerações de cidadãos e de cristãos, exige sempre fé, atitude de fé, espírito de serviço. Exige acreditar que tudo o que fazemos, e dizemos deixa marcas que perduram.  Dos mais pequenos gestos e palavras aos grandes temas e assuntos,  tudo vale e conta para o crescimento da fé,  para o desenvolvimento humano e pessoal.”

Segundo o presidente da Comissão da Educação Cristã e Doutrina da Fé, a educação “exige acreditar” que cada um dos mais jovens, cada criança, “é sempre um tesouro que Deus coloca no mundo”, e Deus dá-lhes o “privilégio” de fazer parte do caminho e da história dessa vida em crescimento.

Neste sentido, D. António Augusto Azevedo pediu aos educadores e professores, aos catequistas, mas também aos pais, irmãos e familiares mais velhos, que acreditem que a sua “missão é grande”, têm um “papel determinante”, e Deus confia neles.

“Acreditai, por isso, não desistais, não desistamos nunca do amanhã, da esperança das novas gerações”, acrescentou.

“Não nos deixemos iludir por esperanças vãs e enganosas. Este é o jubileu da esperança, porque celebra a presença do Senhor, que nunca abandona o seu povo. Ele é a fonte da nossa esperança. Levemos, por isso, deste lugar, mais esperança dos corações e do olha.”

No Santuário de Fátima, o presidente da celebração, destacou também que Maria, Nossa Senhora, “soube ser educadora”, e tudo fez para que o seu filho “crescesse em estatura, sabedoria e graça”.

Cartaz: Santuário de Fátima

O Jubileu da Educação de Portugal realizou-se este domingo, 5 de outubro, Dia Mundial do Professor, e D. António Augusto Azevedo deu “graças a Deus pelo trabalho e pela dedicação” não só dos professores, mas de todos que acreditam que “a educação é um dos pilares fundamentais de uma sociedade, uma causa determinante na construção do futuro”.

A Igreja Católica em Portugal começou também hoje a sua Semana Nacional de Educação Cristã 2025, até dia 12 de outubro, o presidente da celebração lembrou a nota pastoral ‘Educação Cristã: Esperança e Profecia’, e assinalou que estavam ali reunidos, “sobretudo, para celebrar a esperança, para renovar o compromisso de todos e de cada um em contribuir para uma educação melhor”.

“A educação, nomeadamente aquela que se identifica com uma matriz cristã, tem sempre a marca da esperança e da profecia, abre horizontes de futuro, acredita naquilo de bom e de promissor que existe no coração de cada criança e de cada jovem”, afirmou o presidente da Comissão da Educação Cristã e Doutrina da Fé, dos bispos de Portugal.

CB/OC

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