Presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana, D. José Traquina, manifestou «muita esperança» nesta nova etapa
Lisboa, 30 out 2025 (Ecclesia) – O padre José Pinheiro tomou hoje posse como diretor nacional da Pastoral da Saúde da Igreja Católica em Portugal, na sede da Conferência Episcopal Portuguesa, em Benfica, Lisboa.
O momento aconteceu na presença do presidente e do secretário da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana (CEPSMH), D. José Traquina e padre José Manuel Pereira de Almeida, respetivamente, bem como de Paula José, da Comissão Nacional da Pastoral da Saúde.
Em declarações à Agência ECCLESIA, D. José Traquina referiu ver com “muita esperança” a renovação deste organismo, mencionando que já há algum tempo que a comissão procurava um sacerdote que pudesse assumir o serviço, sucedendo ao padre Miguel Ângelo Costa, da Arquidiocese de Braga.
Existem muitos organismos e muitas pessoas que estavam à espera deste momento e, portanto, vão com certeza ter da parte do padre José Pinheiro essa resposta para avançar, coordenar, mobilizar, aprender, crescer uns com os outros”, indicou.
O bispo de Santarém realça que “há muita partilha a fazer”, “muito ensinamento a promover”, acrescentando que “a Igreja tem uma experiência notável no que diz respeito à pessoa humana, na sua fragilidade, nos seus limites, na doença”.
“A grandeza da pessoa no sofrimento, na dor, tudo isso deve ser valorizado e esta pastoral está também para valorizar as pessoas que trabalham nestas áreas e são muitas”, reconheceu.
Nesse seguimento, D. José Traquina assume que este é “um momento de grande ânimo e de grande entusiasmo”.
A sessão da tomada de posse aconteceu depois de a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) ter nomeado a 13 de outubro, durante a reunião do Conselho Permanente, o padre José Pinheiro, vigário-geral da Diocese de Setúbal, para o cargo.
“É um momento importante, é um ponto de partida, é um momento em que vamos começar uma nova etapa, mas sempre respeitando o caminho que foi feito até aqui”, assinalou o sacerdote.
  O novo diretor nacional da Pastoral da Saúde assume o “desejo de escutar”, “de conhecer o trabalho feito” e “depois de agir e criar uma equipa de pessoas que possa desenvolver” este serviço “tão importante”. O padre José Pinheiro encara a nova responsabilidade “com grande alegria e desejo de corresponder à confiança que os senhores bispos” e D. José Traquina colocaram no seu “trabalho”, “para poder dar corpo” e “materializar esta presença da igreja no mundo da saúde”. Questionado sobre o que podem os doentes esperar do novo diretor nacional da Pastoral da Saúde, o sacerdote respondeu que podem contar com “a presença da Igreja, que é a presença de Jesus, que é sempre uma presença que toca, que ajuda, que se torna próxima, que não é indiferente ao sofrimento e à situação que cada um está a viver”. |
Sobre o caminho traçado a partir de agora, D. José Traquina salienta que a Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana “não impõe um programa” e que cabe ao novo diretor constituir uma equipa, que “vai refletir e verificar em termos nacionais aquilo que é possível fazer e desenvolver”, sempre com “liberdade” para desenhar um plano.
O bispo de Santarém considera que esta Pastoral deve olhar para os profissionais de saúde, bem como para os capelães hospitalares, que precisam de ver a sua missão reconhecida.
“É um trabalho de natureza espiritual, mas tem a ver com a saúde, tem a ver com o bem-estar das pessoas, nos seus limites, as suas debilidades”, assinala.
O presidente da CEPSMH destaca a importância desta presença, quando as pessoas se encontram em situações de doença.
“A Pastoral da Saúde tem a ver muito também com os cuidados que uma comunidade cristã promove ou não, mas, sim, temos paróquias com muito cuidado nisso”, evidenciou.
LJ/OC