Igreja/Portugal: Nomeação de um bispo é «processo muito longo e detalhado» – núncio apostólico

D. Ivo Scapolo admite que nem sempre é possível responder «com aquela rapidez que alguns esperariam»

Foto: SDCSBM/Bruno Luís Rodrigues

Bragança, 13 out 2022 (Ecclesia) – O núncio apostólico em Portugal, D. Ivo Scapolo, afirmou, numa entrevista ao jornal ‘Mensageiro de Bragança’, que a nomeação de um bispo é “um processo muito longo e detalhado”.

“Mais do que olhar para o calendário para ver quantos dias passaram ou quantos vão passar ainda, devem preocupar-se em rezar muito, sabendo que da parte da Nunciatura e de todos os que participam neste processo, que é muito longo e detalhado, se fazem todos os possíveis para que possa chegar o quanto antes, mas às vezes os processos e as circunstâncias não permitem proceder com aquela rapidez que alguns esperariam”, realçou D. Ivo Scapolo, na última edição do semanário da Diocese de Bragança-Miranda, publicada hoje.

Questionado sobre a nomeação de D. Delfim Gomes, sacerdote da diocese transmontana, como bispo auxiliar de Braga, o responsável assume um “motivo particular de alegria”, por ser o primeiro padre que o Papa escolheu como bispo, desde a sua chegada a Portugal.

“Esperemos que dentro de poucos meses possamos ter muitos mais”, apontou o núncio apostólico.

Atualmente, há três dioceses portuguesas em situação de sede vacante: Angra, Bragança-Miranda e Setúbal.

Ao fazer uma avaliação do trabalho em Portugal, onde chegou em 2019, o núncio apostólico sublinhou que não costuma ter programas pré-definidos.

“Chego aos locais, olho ao meu redor, aprecio as coisas boas e aqui existem muitas coisas boas, observo também as coisas que se podem fazer melhor. É essa a atitude que tenho tido ao longo de tantos anos de serviço”, precisou.

O representante diplomático do Papa esteve na Diocese de Bragança-Miranda, de 7 a 9 de outubro, onde visitou várias instituições com o intuito de conhecer a realidade diocesana.

“São informações úteis para apresentar a situação da diocese, que tenho de enviar para Roma, ao Santo Padre, antes da decisão do novo bispo”, disse D. Ivo Scapolo ao semanário diocesano.

A respeito da próxima edição internacional da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que Lisboa vai receber de 1 a 6 de agosto de 2023, D. Ivo Scapolo afirmou que os portugueses estão a trabalhar “com muito entusiasmo, com uma boa organização e boa relação entre Estado e autoridades civis”.

LFS/OC

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Agência ECCLESIA

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