Igreja/Portugal: Morreu o arquiteto Nuno Portas, que integrou Movimento de Renovação da Arte Religiosa

Presidente da República evoca papel na «resistência de inspiração católica» no século XX

Lisboa, 27 jul 2025 (Ecclesia) – O arquiteto Nuno Portas, que integrou o Movimento de Renovação da Arte Religiosa (MRAR) nos anos 50 e 60 do século XX, faleceu hoje em Lisboa, aos 90 anos de idade.

“Deixou-nos hoje uma das personalidades mais visionárias e brilhantes da vida académica, cultural, política e social da resistência de inspiração católica dos anos 50, 60 e 70 do século passado: Nuno Portas”, referiu o presidente da República Portuguesa, em nota publicada no site da Presidência.

“Foi notável como arquiteto, como professor, como urbanista, como animador de movimentos artísticos, culturais em geral, cívicos, políticos e sociais. Permaneceu assim desde a resistência à ditadura até às primeiras décadas da democracia”, acrescenta Marcelo Rebelo de Sousa.

Licenciado pela Universidade do Porto, Nuno Portas recebeu, com o arquiteto Nuno Teotónio Pereira, o Prémio Valmor, pela Igreja do Sagrado Coração de Jesus, em Lisboa, consagrada em 1970.

O MRAR foi fundado em 1953 por um grupo organizador que incluiu António Freitas Leal, P. António dos Reis Rodrigues, Flórido de Vasconcelos, Henrique Albino, João Braula Reis, João Correia Rebelo, João de Almeida, José Maya Santos, Madalena Cabral, Maria José de Mendonça e Nuno Teotónio Pereira, aos quais se juntaram posteriormente nomes como Nuno Portas, Diogo Lino Pimentel, Luiz Cunha, Sebastião Formosinho Sanchez, Erich Corsépius, Manuel Cargaleiro, José Escada, Eduardo Nery e Vitorino Nemésio.

Nuno Portas foi o último presidente do MRAR, cargo que ocupou até 6 de agosto de 1969.

OC

Lisboa: Lançamento da obra sobre a arquitetura da Igreja do Sagrado Coração de Jesus

Partilhar:
Scroll to Top