Igreja/Portugal: Monsenhor Vítor Feytor Pinto deixa coordenação nacional da Pastoral da Saúde

Sacerdote espera ter deixado marca de «simplicidade» após mais de três décadas ligado ao setor

Lisboa, 15 nov 2013 (Ecclesia) – Monsenhor Vítor Feytor Pinto vai terminar 31 anos de atividade ligado à Pastoral da Saúde da Igreja Católica, dos quais 28 anos como coordenador nacional, um trabalho feito com “sentido de responsabilidade” e “grande amor à Igreja”.

“O que me marcou mais profundamente foi a capacidade da Igreja olhar para um universo que é essencial hoje na nova evangelização. Hoje a saúde, a educação, do trabalho e da justiça são quatro campos onde a Igreja tem de ter um trabalho intensíssimo, a par com a relação com o Estado”, destacou, em entrevista à Agência ECCLESIA.

O sacerdote do Patriarcado de Lisboa realça que “sem dúvida” gostou muito do trabalho que tentou “levar a cabo com dignidade” e diz que “agora é lógico que depois de 31 anos haja alguém que continue esse trabalho”.

Segundo o entrevistado, o seu trabalho como coordenador Nacional da Pastoral da Saúde quis deixar a marca “essencial” de “simplicidade” que “os evangelizadores têm o dever de deixar em todo o trabalho que realizam dentro da Igreja” e ao serviço do mundo que “é o segredo da nova evangelização”.

A 183ª Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), que terminou esta quinta-feira em Fátima, nomeou o padre José Manuel Pereira de Almeida, da Diocese de Lisboa, como novo responsável para o setor da saúde.

“Gosto muito dele e estou completamente disponível para todo o apoio necessário, mas dando a total e absoluta liberdade que cada pessoa que chegue a um cargo deve ter para inovar, para transformar, para superar e corrigir”, assinalou o monsenhor Vítor Feytor Pinto.

O sacerdote explica que foi em 1982 que a CEP lhe pediu para assumir o setor das Capelanias Hospitalares, porque “estavam sem grande coordenação”, e depois de comparar e analisar a experiência de outros países concluiu que “podiam integrar-se numa pastoral mais abrangente que podia ser a Pastoral da Saúde”, que na altura se chamava pastoral dos doentes.

“Curiosamente, isso foi consagrado pelo Papa João Paulo II, a 11 de fevereiro de 1985, naquilo que veio a chamar-se pastoral da ação apostólica dos profissionais de saúde e mais tarde tomou o nome de Conselho Pontifício para a Pastoral da Saúde”, prosseguiu monsenhor Vítor Feytor Pinto que três meses depois, a 18 de abril de 1985, foi nomeado pela CEP coordenador nacional da pastoral da saúde.

Nesta pastoral dos doentes “havia apenas o cuidar dos doentes” assinala o responsável que explica que quando passou a ser Pastoral da Saúde se teve em “atenção o acompanhamento dos doentes e a prevenção da doença”, com a inserção e participação de todas as paróquias, outras associações da Igreja e profissionais do setor “no quadro de apoio a uma pastoral preventiva e acompanhante dos doentes em sofrimento”.

LFS/CB/OC

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