Igreja/Portugal: JMJ 2023 vai ser «grande celebração da juventude» com o Papa – Maria João Avillez (c/vídeo)

Jornalista lança livro «Francisco – O Caminho», após entrevista no Vaticano

Lisboa, 06 dez 2022 (Ecclesia) – A jornalista Maria João Avillez disse à Agência ECCLESIA que encontrou no Papa Francisco a convicção de que a Jornada Mundial da Juventude, a realizar em Lisboa de 01 a 06 de agosto de 2023, vai ser uma “grande celebração”.

“Ele está confiante de que será uma grande celebração da juventude”, com a “participação “de todos”, referiu a autora do livro ‘Francisco – O Caminho’.

A obra surge na sequência da entrevista que a jornalista portuguesa fez, este ano, ao pontífice, destacando que o Papa tem um “dom especial” para falar com os jovens e nessa comunicação estabelece “uma imediata sintonia” que toca a juventude.

“A estratégia de falar com os jovens parte do seu dom natural e do seu talento para comunicar, e as palavras do Papa Francisco demonstram que ele está muito recetivo a ouvir os jovens”, assinalou Maria João Avillez, em entrevista emitida hoje no Programa ECCLESIA (RTP2).

A jornalista destaca o “talento para comunicar” do Papa, capaz de falar com “simplicidade e fluidez”, desafiando todos a “abrir a janela para o mundo, depois de a ter aberto para si próprio”.

Maria João Avillez recebeu, a 4 de julho, a confirmação de que a entrevista pedida “um ano e meio antes, a mais do que uma pessoa, estava acordada e que o motivo seria a Jornada Mundial da Juventude”.

Para além dos assuntos relacionados com os jovens, a jornalista evoca uma “frase admirável” de Francisco, a respeito das tensões internas que se vivem na Igreja.

“Nós temos de ir para a frente, acompanhando os que estão mais à frente; voltar atrás, para acompanhar e atender os que estão atrás; e estar no meio, com todos esses”, realçou.

Para Maria João Avillez, há “setores muitos progressistas da Igreja que pedem quase o impossível”, e “também conservadores” que solicitam ao Papa Francisco “que não seja tão próximo e acessível”.

“Isso é pedir o impossível”, insiste, destacando o acolhimento que toda a equipa recebeu no Vaticano e a “proximidade latino-americana” do pontífice, nascido na Argentina.

A valorização do papel da mulher na Igreja foi outro tema central na entrevista, emitida na TVI/CNN Portugal.

“Não estava à espera de que gastasse, utilizasse tão largos minutos, para falar da mulher como falou”, frisou, considerando que Francisco teve um discurso “maravilhoso” sobre o “valor tão insubstituível” das mulheres.

Para a jornalista, o Papa Francisco “foi tocadíssimo por Fátima” quando esteve em Portugal, em 2017, e a entrevista “mostra isso de forma muito clara”.

Com a chancela de ‘Temas e Debates’, o livro é apresentado hoje pelo escritor Afonso Reis Cabral e pelo analista político Sebastião Bugalho, dois jovens, às 18h00, na Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa.

A obra tem um “antes e um depois” da entrevista, um momento “único”, com as reações que gerou.

“Foi um momento de uma altíssima responsabilidade, de um altíssimo privilégio, de uma honra sem fim na minha vida como jornalista. De uma enorme responsabilidade como jornalista, como católica e como mulher”, refere a autora.

PR/LFS/OC

 

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Agência ECCLESIA

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