Vidente de Fátima morreu a 20 de fevereiro de 1920, em Lisboa
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Lisboa, 20 fev 2025 (Ecclesia) – O capelão do Hospital D. Estefânia, em Lisboa, disse à Agência ECCLESIA que “muitos” peregrinos portugueses e estrangeiros visitam aquela unidade hospitalar onde Santa Jacinta Marto, a pastorinha da Cova da Iria (Fátima), esteve os “últimos dias” da sua vida terrena.
“Aqui vêm muitos peregrinos, não só portugueses, do mundo inteiro, um bocadinho na busca também desta espiritualidade que animou estes últimos dias da vida da Santa Jacinta aqui entre nós”, realçou o padre Carlos Azevedo no dia (20 fevereiro) em que se assinala, liturgicamente, a memória dos pastorinhos Francisco e Jacinta Marto.
Santa Jacinta Marto faleceu no Hospital D. Estefânia, em 1920, três anos após as aparições de Fátima, e a canonização não se deve apenas porque “viram Nossa Senhora”, mas “por causa de uma virtude que a igreja lhes reconhece que é a heroicidade no sofrimento”, sublinhou o padre Carlos Azevedo.
No hospital onde faleceu Santa Jacinta Marto vive-se uma espiritualidade com raízes nas aparições da Cova da Iria.
“Procuramos sempre ter uma resposta que seja muito integral e abordamos o acompanhamento das próprias crianças doentes, das suas famílias, que é uma circunstância também, em muitos dos casos, que necessita muitíssimo de apoio”, frisou o responsável da assistência religiosa e espiritual daquela unidade hospitalar.
A capelania acompanha não apenas os doentes, mas também os profissionais de saúde e os voluntários.
O Hospital D. Estefânia tem uma área de voluntariado “muito extensa” onde se acolhe “não só católicos, mas também pessoas de outras religiões” que vêm dar apoio.
“É um hospital que acolhe pessoas de todos os credos e até da ausência de qualquer tipo de crença”, acrescentou o padre Carlos Azevedo.
Com a situação de guerra que se vive no médio Oriente, “muitos peregrinos” mudaram a rota e vêm visitar Lisboa e Fátima.
O hospital assume-se como um ponto de visita nos itinerários marianos escolhidos e alguns ensinamentos estão plasmados no livro «Jacinta a Santa de Lisboa»
“Os santos são do sítio de onde partem para Deus e a Jacinta, tendo partido daqui, dá também esse relevo ao hospital e à cidade de Lisboa”, sublinhou o padre Carlos Azevedo numa entrevista ao Programa ECCLESIA emitida esta quinta-feira na RTP2.
O exemplo de Santa Jacinta Marto naquele hospital é “um exemplo de inspiração” para os doentes, famílias e profissionais gerirem “a sua fragilidade”, finalizou.
HM/LFS/OC
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