D. Nuno Almeida destacou a importância da pós-Jornada Mundial da Juventude
Fátima, 20 abr 2023 (Ecclesia) – O novo presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família partilhou hoje desafios destes setores pastorais, que vão realizar um “trabalho sinodal”, e, sobre os jovens, que têm de “ter a capacidade de propor algo de novo”.
“Ter momentos de convite e até de atração dos jovens, e a Jornada Mundial da Juventude nitidamente é um momento que atrai, basta recordar a passagem dos símbolos nas dioceses, mas esta é só uma parte”, assinalou D. Nuno Almeida, em declarações à Agência ECCLESIA.
Segundo o novo presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família, é necessário ter “percursos e instâncias diversificadas” para propor aos jovens, onde possam “aprofundar a sua fé, a sua relação com Cristo, a sua ligação à Igreja”, e a capacidade de darem testemunho na sociedade.
O bispo auxiliar de Braga disse que esperam “muito dos jovens”, que criem um mundo “mais fraterno, mais justo, mais humano”, por isso, o “esforço vai ter de ser desde já”, e recordou que há quatro anos que esta Comissão Episcopal promove “um momento de animação para os formadores” de Pastoral Juvenil.
Sobre a réplica positiva na Igreja Católica em Portugal de algumas iniciativas do Papa Francisco, que promoveu um Sínodo dos Bispos com os jovens, em 2018, e criou um conselho consultivo com jovens de todo o mundo, D. Nuno Almeida salienta que o pontífice “desafia a fazer tudo de uma forma sinodal”, o modo como vivem a pastoral, como organizam os eventos habituais.
“Se calhar mais devagar, se calhar não fazendo tantas coisas, mas onde todos possam participar, onde todos nos possamos escutar, e depois ouvir aquilo que o Espírito nos está a dizer. Além disso, o Papa nitidamente lança-nos para ambientes não habituais, para a famosa expressão periferia, mas, sobretudo, aponta-nos o caminho de nos fazermos próximos, de nos aproximarmos de realidades, muitos vezes aparentemente distantes mas que nos surpreendem sempre”, desenvolveu.
D. Nuno Almeida foi eleito presidente da Comissão Episcopal do Laicado e Família na Assembleia Plenária da CEP, que terminou hoje em Fátima, e contou, à Agência ECCLESIA, que “foi uma surpresa”, apesar de estar há dois mandatos nesta comissão porque pensava que “haveria outras pessoas com mais experiencia e mais capacidade”.
Sinto que temos diante de nós alguns desafios, sobretudo em relação ao acompanhar os movimentos, muito em especial os movimentos juvenis nesta vivência da Jornada Mundial, e sobretudo no pós-Jornada Mundial da Juventude, e também os desafios em relação à família”.
O novo responsável está “confiante”, sobretudo na equipa que está praticamente constituída, adiantando que o trabalho “será sinodal e um caminhar juntamente com todos aqueles que estão na vida concreta”, na pastoral dos jovens, na pastoral familiar, nos diversos movimentos, inseridos na sociedade.
O bispo auxiliar de Braga explicou que, desde a vida paroquial, sente que as solicitações dos jovens e as solicitações das famílias “tinham que ter prioridade na agenda”, na sua disponibilidade, por isso, “não podia dizer que não” a este novo desafio na Comissão Episcopal do Laicado e Família.
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