Igreja/Portugal: Dioceses de Santarém e Setúbal uniram-se para celebrar em conjunto 50 anos de criação (c/fotos)

Missa na catedral escalabitana assinalou dia da cidade

Foto: Ricardo Perna/Diocese de Setúbal

Santarém, 19 mar 2025 (Ecclesia) – A Catedral de Santarém acolheu hoje a celebração da solenidade de São José, feriado municipal, este ano com a presença de uma delegação de Setúbal, no contexto do cinquentenário da criação das duas dioceses católicas.

A Missa foi presidida pelo bispo sadino, cardeal D. Américo Aguiar, como “sinal de unidade e comunhão entre as duas dioceses”, referiu D. José Traquina, no início da celebração.

Na sua homilia, o cardeal português sublinhou que a história da fé é de “caminho e de continuidade”.

“Somos povo de Deus e sentimo-nos mais ou menos ligados uns aos outros. Que bonito que duas dioceses, irmãs gémeas, possam materializar esta ligação, desta maneira, tão bonita e tão fraterna”, referiu.

As Dioceses de Setúbal e Santarém estão a celebrar o jubileu dos seus 50 anos de criação, que se completam a 16 de julho de 2025.

D. Américo Aguiar evocou o “sentimento de fraternidade universal”, a que o Papa exorta, desde o início do seu pontificado.

“O que o nosso querido Papa Francisco nos pede é que a diferença signifique pontes”, explicou, num clima de “respeito e caminho juntos”.

A intervenção apresentou a figura de São José como exemplo de alguém “sensível à vontade dos filhos, dos amigos, da comunidade, dando-se na totalidade”.

“É o homem do silêncio”, recordou o bispo de Setúbal.

O cardeal sadino dirigiu-se às autoridades políticas, sustentando que é “muito importante dar tempo de antena ao silêncio”.

“Fala-se tanto, diz-se tanto, acusamo-nos tanto, magoamo-nos tanto, que já não há muita imaginação para fazer mais mal ao outro”, advertiu, falando num tempo em que “a verdade e a mentira já não interessam nada”.

D. Américo Aguiar quis ainda evocar a celebração do Dia do Pai, saudando “os pais biológicos, os pais adotivos, todos aqueles que na sua vida se desdobram em cuidados, em carinhos, em preocupações e em trabalhos, para cuidarem de todos”.

“Nesta celebração queremos lembrar os que estão aqui e queremos lembrar aqueles que já estão no Céu, aqueles que já partiram, de que hoje fazemos memória agradecida”, acrescentou.

No próximo mês de junho, a Diocese de Santarém retribui a visita, num programa que prevê a celebração no Santuário de Cristo-Rei, em Almada (Diocese de Setúbal).

RP/OC

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