Igreja/Portugal: Diáconos permanentes desafiam-se a realizar «ações concretas de esperança»

Jornada Nacional do Diaconado Permanente teve como tema «Peregrinos ao Serviço da Esperança»

Foto: Comissão Episcopal Vocações e Ministérios

Fátima, 02 mai 2025 (Ecclesia) – A Jornada Nacional do Diaconado Permanente, dinamizada pela Comissão Episcopal Vocações e Ministérios dos bispos de Portugal, refletiu sobre temas como “paz, vida, presos, doentes, jovens, migrantes, idosos e pobres” e como transformar “sinais em ações concretas de esperança”.

“Todos as dimensões ou sinais se tocam uns aos outros. Nos participantes desta Jornada Nacional do Diaconado Permanente está representada toda a Igreja, cujas ligações representam uma cintura de força que abarca e ajuda a solucionar os desafios, que são para todos. A diaconia da Igreja não se promove a si própria, mas serve as pessoas cuja vida deve ser promovida”, assinala a Comissão Episcopal Vocações e Ministérios, segundo a conclusão do seu presidente, em nota enviada à Agência ECCLESIA.

O bispo D. Vitorino Soares, presidente da CEVM, disse aos diáconos permanentes que todos são chamados a ser atores e protagonistas do serviço, que se vive na dimensão comunitária, onde cada pessoa vai sendo tocada e convidada a tocar a vida dos outros na realidade da vida.

A Jornada Nacional do Diaconado Permanente, com o tema ‘Peregrinos ao Serviço da Esperança’, vivida em modo jubilar, contextualizando-a Ano Santo 21025, o Jubileu da Esperança, reuniu diáconos e familiares, os responsáveis diocesanos pela formação, no dia 25 de abril, em Fátima, numa iniciativa da Comissão Episcopal Vocações e Ministérios.

‘Paz, vida, presos, doentes, jovens, migrantes, idosos e pobres’, foram os sinais apresentados aos diáconos permanentes, a partir da Bula de proclamação do Jubileu 2025 do Papa Francisco, para serem refletidos “com as bem-aventuranças de Jesus, e com o intuito de transformar estes sinais em ações concretas de esperança”.

Das diversas “intuições” dos grupos de trabalho, referem que “os diáconos podem fazer a diferença tocando cada pessoa”, o sinal da vida pode ser anunciado “na aproximação à sociedade que vive por entre polarizações”, podem também “ajudar muito a acolher e integrar os migrantes”, na partilha, no respeito pela cultura, pela oração ecuménica, protegendo e promovendo.

“O sinal dos jovens precisa de servidores que ajudem a defender os seus sonhos, diante das precariedades de emprego e habitação, aproveitando o seu gosto em defender causas fortes e num impulso de abertura à vida e à vocação, sem fechamentos a grupos que dificultem a sua integração na Igreja e na sociedade”, exemplificam.

Sobre o sinal que são os doentes, por exemplo, quem exerce a diaconia na Igreja Católica, “como bons samaritanos”, pode aproximar-se para uma escuta sem pressas, “através de um estilo de presença que gera confiança e do silêncio, por vezes, o único capaz de não calar a dignidade fundamental que está em cada pessoa”.

A jornada do diaconado permanente da Igreja Católica em Portugal teve também o propósito de “testemunhar publicamente este primeiro grau do sacramento da Ordem”, e do seu programa destaca-se a participação na Eucaristia na Basílica da Santíssima Trindade, presidida por D. Vitorino Soares (bispo auxiliar do Porto), e “uma caminhada ao encontro dos sinais da esperança”.

O Concílio Vaticano II (1962-1965) restaurou o diaconado permanente, a que podem aceder homens casados (depois de terem completado 35 anos de idade), o que não acontece com o sacerdócio.

O Motu Proprio ‘Sacrum Diaconatus Ordinem’ (18 de junho de 1967), do Papa Paulo VI, promulgou a restauração do diaconado permanente na Igreja Latina, segundo decisão tomada no Concílio Vaticano II.

CB/OC

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