Igreja/Portugal: Desenvolvimento do processo de canonização de Luiza Andaluz festejado em Fátima (c/vídeo)

Servas de Nossa Senhora de Fátima assinalam o reconhecimento das virtudes heroicas da sua fundadora, recordada pelo trabalho junto dos mais desprotegidos

Lisboa, 25 abr 2018 (Ecclesia) – A Congregação das Irmãs Servas de Nossa Senhora de Fátima promove hoje, 25 de abril, na Cova da Iria, uma celebração de ação de graças pelo reconhecimento das virtudes heroicas de Luiza Andaluz, sua fundadora.

A irmã Ana Cristina, religiosa da congregação, disse à Agência ECCLESIA que este reconhecimento do Papa foi um “grande acontecimento”, recebido em Portugal com “muita alegria”.

Luiza Andaluz (1877-1973), assinala, destacou-se ao serviço dos “mais desprotegidos, os mais pobres” com quem trabalho desde muito jovem.

“A questão social está muito presente em toda a sua vida, assim como a educação cristã”, acrescenta a irmã Ana Cristina, para quem a fundadora da congregação foi “alguém que viveu a vida muita intensidade”, com “confiança inabalável” em Deus.

A celebração de 25 de abril é também o dia escolhido para a XXIII Jornada da Família Andaluz.

O decreto de reconhecimento das virtudes heroicas de Luiza Andaluz vai ser lido publicamente na Basílica da Santíssima Trindade, durante a Eucaristia presidida por D. José Traquina, bispo de Santarém, diocese onde nasceu a venerável.

A Família Andaluz é uma associação de leigos, reconhecida recentemente pela Santa Sé, que “partilha o carisma” da congregação, “mariano e sacerdotal”, procurando partilhar uma atitude de “proximidade às pessoas” e de “serviço”, refere a irmã Ana Cristina.

Além das celebrações religiosas, a jornada do dia 25 inclui um momento cultural no Centro Pastoral Paulo VI, com a participação do Coro e classe de dança do Conservatório de Música de Santarém e dos Centros Sociais da Ericeira e Valado dos Frades, da Fundação Luiza Andaluz e os Centros Sociais Paroquiais do Entroncamento e da Benedita.

Um itinerário formativo dos vários grupos ligados às Servas de Nossa Senhora de Fátima ajuda a divulgar “o legado de Luiza Andaluz”, para que esta “vida inspiradora” se possa traduzir hoje em ações concretas, explica a irmã Ana Cristina.

A 19 de dezembro de 2017, o Papa aprovou a publicação do decreto que reconhece “as virtudes heroicas” da Serva de Deus Luiza Andaluz, fundadora da Congregação das Servas de Nossa Senhora de Fátima.

Este é um passo central no processo que leva à proclamação de um fiel católico como beato, penúltima etapa para a declaração da santidade.

Luiza Andaluz

Luiza Maria Langstroth Figuera De Sousa Vadre Santa Marta Mesquita e Melo, Luiza Andaluz nasceu a 12 de fevereiro de 1877, no Palácio Andaluz em Marvila (Santarém), no meio de uma família abastada.

Aos 16 anos tirou o diploma de professora primária e em 1923 abriu, numa casa que herdou dos seus pais, o Colégio Andaluz, instituição que hoje continua, através do Politécnico de Santarém; fundou na mesma altura a congregação das Servas de Nossa Senhora de Fátima, que foi oficialmente reconhecida em 1939.

Luísa Andaluz manteve-se como superiora da congregação até 1953, altura em que se retirou para Fátima e se dedicou ao acolhimento aos peregrinos no Santuário.

Os seus últimos anos foram passados em Lisboa, onde veio a falecer, aos 96 anos, a 20 de agosto de 1973.As Servas de Nossa Senhora de Fátima dedicam-se ao trabalho em centros paroquiais, jardins de infância, lares assistenciais e hospitais, escolas públicas e no Santuário de Fátima.

Esta congregação está atualmente presente em Portugal, Bélgica, Luxemburgo, Brasil, Guiné-Bissau e Moçambique.

HM/JCP/OC/PR

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Agência ECCLESIA

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